A semana de moda Milão revela que os desfiles da Itália continuam liderando a faixa do que se veste na vida real. Apesar de alguns looks insistindo em usar vestidos lindos com meias curtas, nota-se que mesmo que Paris e Londres sejam importantes como conceitos e laboratórios para modismos futuros, o que desfila em Milão (além do óbvio, que é Prada) virou obrigatório nas pesquisas de tendências.

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Fotos reprodução WWD

Bottega Veneta – Tomas Maier criou linhas simples, estreitas e femininas, com poucos elementos decorativos. Muito preto, joelhos mal aparecem, tons cremosos e a continuação da gama dos avioletados, com bordados no mesmo tom. Calças de alfaiataria com um pequeno defeito: são curtas, o que sempre veste mal. De enfeite, destaque para broches que funcionam como botões (ou são botões) e colares.

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Jil Sander – na última coleção, o belga Raf Simons (maravilhooooso) provou que poderia substituir a alemã Jil Sander (maravilhooosa) para sempre. Mas como talvez, quem sabe, possivelmente (ninguém confirma nada) Simons vá para a Dior, Sander volta à sua marca, depois de arrasar na Uniqlo (adoro). Olha as marcas que ele deixa de herança: casacos sem botões, para fechar segurando com as mãos; cores clarinhas, rosadas; recortes e fendas sutis; inspiracão na lingerie (como os cintos baseados em espartilhos). Lindo e usável.
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Quem vai, quem fica – além da nunca confirmada ida de Raf Simons para Dior, tem Stefano Pilatti substituído por Hedi Slimane em YSL. Hedi fez sucesso quando assinou Dior masculino, mudou o rumo da moda dos homens. O que não significa que os homens tenham aderido rapidamente, mas a roupa tradicional cedeu espaço para algo mais rock ‘n’ roll, mais ajustado, menos basquete e futebol. Jil Sander volta para sua marca, que agora faz parte do grupo Prada – ela saiu duas vezes, por se desentender com o marido da Miuccia Prada.

Um detalhe – quase não se fala mais em Yves Saint-Laurent como grife. Em respeito ao mítico estilista, melhor dizer apenas YSL. Assim como a Dior, que ninguém fala Christian Dior. Há muita diferença entre criador e marca.