Em fevereiro de 2007 – caramba, parece que foi há 10 anos -, assisti em um dos centros de pesquisa Vichy, que faz parte do grupo l’ Oréal, a uma apresentação sobre como as mulheres envelhecem. Começa a cair um pouquinho ali debaixo do queixo, plissar na lateral dos olhos, nervurar em torno dos lábios. Ui, deu aflição a projeção sobre um rosto jovem, com o resultado em 10, 20 e 30 anos.
Mostraram também as pesquisas ao vivo, com fotografias especiais, um mix de raios-X com ultrassom, tiradas de mulheres voluntárias para diversos tratamentos. Depois destas manhãs de choque, fomos a uma das fábricas da Garnier, um fenômeno de organização, que se visita percorrendo um caminho elevado, para não atrapalhar o ritmo da produção.
Vocês, eu não sei. Mas eu adoro fábrica, ver como os produtos são feitos, de que são feitos. Neste prédio, o que acontece é na verdade a embalagem e a distribuição. Para cada estação, um funcionário faz o controle de qualidade, analisando um produto por amostragem. Isto é, a esteira vem trazendo um lote, e a responsável pega um ao acaso, testa a consistência ou o cheiro, ou a embalagem, o que for importante naquela etapa. Você vê dezenas de potinhos recusados, com o maior rigor.
Em seguida, o setor de embalagem de papel, que é dobrada ali na hora, como um robô-origami. Melhor ainda, as bisnagas, que são formatadas uma a uma, depois de cheias com os cremes e colorantes.
Saímos destas visitas sempre com uma visão diferente, uma impressão de profissionalismo e cuidado que tranqüilizam na hora de comprar um mero shampoo.

Só que tinha que haver um pouco de glamour, numa visita parisiense organizada por um um grupo famoso pela preocupação com a beleza. Este objetivo foi cumprido na visita a um salão de colorista famosérrimo, o Christophe Robin, que falou sobre a nova linha do Casting Crème Gloss, em lançamento na França.

Dali, mergulhei em mais uma temporada de desfiles, salões, a diversidade de uma semana de moda. Escrevi sobre o tour l’ Oréal, guardei no fundo da memória os dados e imagens daquelas mulheres envelhecendo. Agora, mais de um ano depois, vejo nas prateleiras os resultados práticos, à venda nas farmácias sofisticadas. O Casting Crème Gloss vem com cores mais brilhantes, mais fixação, tem belos castanhos, como previa o Christophe. Tem que desafiar o reinado das brasileiras que querem ser louras a qualquer custo. E vencer o hábito de quem procura todas as quinzenas (como é chato, ter que fazer isto com tanta freqüência) o seu Soft Color cor Chocolate.

Em compensação, recebi o material explicativo, um verdadeiro compêndio sobre o Neovadiol, da Vichy. Ao ler a abertura do texto, voltei àquela sala da apresentação no Centro Vichy. O Neovadiol (que nome!) trata das peles com perda de densidade e firmeza, causada pelo envelhecimento hormonal. Esta pesquisa começou em 2002, focando a lipoestrutura da pele, isto é, a rede de adipócitos que formam os volumes sobre os quais a pele do rosto repousa e se molda. Quando envelhecemos, os hormônios reduzem o ritmo, a lipoestrutura se desestrutura e a pele se deforma.
Nossa, estou quase repetindo a palestra parisiense. Como não posso levar vocês para ver a Torre Eiffel ou comer um croque-monsieur, prefiro dizer que fiquei bem convencida dos poderes deste Neovadiol, que promete queixo mais definido, bochechas menos caídas. Já pensaram, que sonho, poder adiar a plástica por um tempinho?
Como tudo da Vichy, é hipoalergênico e não-comedogênico. Na fórmula mágica (ou quase), constam um fitocomplexo de soja e uma molécula chamada Pro-Xylane, descoberta nos tais laboratórios da L’ Oréal. Custa R$ 130 e a versão Noite, R$ 139 (são preços sugeridos).
Não tenho ligação profissional nenhuma com a L’Oréal, mas é inegável o valor das pesquisas e dos produtos que lança. Nem me dou bem com todos os produtos, enquanto que outros considero viciantes (como a base Matt Cashmere, por exemplo). Considero a fábrica da Natura, em São Paulo, mais impactante; a sede da Nuskin, em Provo (Utah), melhor decorada. Mas acho que vale testar este Neovadiol, não é dos mais caros, promete resultados do tipo “acordar sem aquele aspecto de rosto amarrotado”. Em três meses notam-se diferenças na densidade cutânea e no pescoço.
Se não der certo, fica a sugestão da coleira-espartilho lindo, da foto da campanha.