Amir Slama é um dos grandes revolucionários da moda brasileira. Nos anos 1990, quando aconteciam os grandes eventos no Rio e em São Paulo, Amir começou a chocar as plateias com a ousadia dos seus maiôs e biquínis. Recortes revelavam muito além do que normalmente se via nas praias e piscinas da vida real. A marca era a Rosa Chá, mais tarde vendida para um grupo do sul do país.

Os desfiles da Rosa Chá na São Paulo Fashion Week agitavam também a plateia. Um deles foi palco de um fuzuê porque o jogador Ronaldinho era convidado, a pretexto de ver sua namorada, Raica Oliveira. Os fotógrafos se equilibravam no pit, ansiosos para fotografarem o jogador. A solução foi atrasar a apresentação, apagar as luzes e o cara entrar no escuro.

Raica já vinha de temporadas europeias, quando desfilava para John Galliano e fazia campanhas para a Dior.

O sucesso das coleções levou Amir e Riva, sua mulher e sócia, para um evento da Dupont, então fornecedora da Lycra, em Monte Carlo. Eu e Marina Sprogis, David Azulay estávamos entre os brasileiros acompanhando o Amir.

Claro que a Rosa Chá perdeu sua essência, depois de vendida. Mas o Amir de vez em quando dá um alô.

Estampa de folhas de bananeira na camisa (R$ 570) e bermuda (R$ 330)

Agora fez parceria com a JAB (Just another brand / modestamente se chama “só mais uma marca”) e lança moda masculina, colorida, estampada. Vale prestar atenção, está nas lojas e no Farfetch. Tem até uma linha de joias, parceria com Julio Okubo.

Cordão com pedra de Amir com Julio Okubo, no Farfetch (R$ 2.200)

Camisa (R$ 570) e bermuda de praia (R$ 480) com estampa de South American Way, da Amir JAB