Gostei desta virada da Animale. Ficou mais fácil de entender, menos artí­stica. Pode ser uma estratégia profissional, de facilitar o acesso da coleção a partir do próprio desfile. Que em geral é usado para exibir dotes conceituais. Pois ficou bom o conjunto assinado pela Priscila Darolt, a começar pelo colorido simples – branco, preto, pele, laranja, petroleo. E pelas texturas misturadas, lã fina, alpaca, sedas, couros pergaminhos, decupados e recortados com referências hí­picas sutis. Nada de calças de montaria explí­citas, nem lenços estilo Hermès. São recortes que até lembram selas, mas dão a sensualidade tí­pica da marca. As camisas estão lindas, com detalhes de nervuras inesperadas nas costas, fivelas em metal cobre prendem coletes longos. Botas? Nada disso, nos pés das belas como Raquel, Isabeli, Viviane e Bruna, eram sandálias quase-nada, de saltos finos.
Destaque: para os cabelos longos e lisos, com tiaras
O casaco nervurado nas costas
o vestido quase-corselet, com lembranças da era mais complicada da Animale
Para usar: saia de couro pergaminho preta com abas nos quadris e casaco em tom terra, usado pela Isabeli Fontana.
Fotos Ines Rozario