A desorganização de conceitos sempre fez parte da Ausländer. Ninguém espera do desfile uma história com muito nexo, uma ordem fácil de descrever. Desta vez, se havia alguma coerência, era no uso de meias com listras, em quase todos os looks masculinos e femininos. O cara estava de calção, peito à mostra? Calçava tênis e meia. A menina estava de vestido e escarpin salto 20 da Mr. Cat? Lá vinha a meia com listras no cano. Talvez por causa do apoio da Puma, responsável pelos tênis McQueen. Mas há sinais de hits para o verão: a afirmação dos jeggings (jeans justos como leggings), as calças de cintura no lugar. Graça, os colares de resina com figuras de folhagens, palavras e…bananas!

Uma bela camiseta masculina, na linha da Osklen, branco sobre branco, com Paradise escrito na frente. E o Anderson Silva, o lutador, todo pimpão, andando direito (pelo jeito, já recuperado daquela cena horrível da canela quebrada na última luta), no elenco escolhido pelo Ricardo Bräutigan.

Fotos Ines Rozario

Ficha

Direção criativa: Ricardo Bräutigan

Atyling: José Camarano

Beleza: Carla Biriba (Bliss Me)

Estilo: Lucciano Maia, Gisele Carneiro e Julia Zanin

Trilha: DJ Nepal

Acessórios: Leo Neves – Vereda Tropical

E mais: lendo o texto da coleção, confirmo a impressão de vale tudo da Ausländer: é um Suburban Vintage, que mistura romantismo do campo, o streetwear urbano e o basquete de rua. Como referências, atletas americanos e dândis africanos. Como resultado, um guarda-roupa funcional, imprevisível e colorido. Isto é que mix e mashup / O Fashion Rio compete com o Rio Boat Show pelo espaço na Marina. Acabou o lugar do estacionamento, só há poucas vagas que logo se esgotam, a R$ 20 a diária. Vans levam convidados ou só jornalistas da Cinelândia para a Marina e vice-versa. Na ida, tudo bem, mas na volta, quando todos saem ao mesmo tempo, desencadeia uma fila pelos carrinhos de golfe que levam até as vans. A logística não é boa. Dificilmente uma cidade em qualquer lugar do mundo é segura para perambular depois das 22 horas com equipamentos, saltos altos e bolsas chiques. Tem que ter muito desprendimento para atravessar a passarela e tentar um ônibus ou chegar até a estacão do metrô. Aí começa a calculadora: para quem vai de carro, custa menos estacionar no subsolo da CInelândia (R$ 60 a diária promocional) e pegar a tal van. Ou é melhor pegar taxi? Ainda é menos o estacionamento, porque para quem sai da zona sul, por exemplo, o taxi fica em torno dos R$ 40 – ida e volta, R$ 80.