Balenciaga, de novo
O que Nicholas Ghesquiere inventou desta vez? Bem pouco: a coleção mantém as saias em barras de várias texturas, metalizadas, transparentes. Ainda recuperou o prestígio do azul-cobalto, resquício dos anos 1980, das coleções do Claude Montana e do Thierry Mugler e ficou fiel ao Art Deco em preto e prata. Sem falar nas mangas volumosas de sempre. De bom, a ênfase nas calças compridas, com pala abaixo do cós, acima dos quadris; as botas de calcanhar e salto arredondado, o olhar adiante, para roupas pretas curtinhas cobertas por transparências também pretas. Uma estação coerente com as novas versões da grife Balenciaga.
Gostei: do look de calça de cós alto e pull decote em V, mangas bojudas
Menos: a série de corseletes retos. Já sei, o mundo inteiro vai se inspirar…
Intervalo / queria entender uma estratégias das marcas parisienses. Algumas, como Balenciaga, restringem o número de convidados, em geral por medo de cópias. Na hora do desfile, botam o show inteiro ao vivo, em stream. Quem não acorda cedo, ainda pode assistir o vídeo depois. E aí? Como impedir as cópias? Tem outra hipótese: eles detestam salas cheias. Convidam dois fotógrafos e 10 editores, fazem o desfile no banheiro e botam no stream para o resto da humanidade. Deve ser este o plano. Alguém tem mais idéias? / A maior novidade da Balenciaga foi o desfile ao vivo no stream, poucos sabiam desta proposta. Deste jeito, se a moda pega, nem será preciso gastar com passagem e hotel, basta ficar em casa, de pijama, e ver tudo pelo computador. Sem graçaaaaa