Passei da fase de curtir unhas longas, admiro a fama internacional das manicures brasileiras (apesar da mania de futucar as cutículas) e ando com um certo ranço do Putin, que acaba se estendendo às coisas russas. Mas notícia é notícia, e acho que uma novidade que pode melhorar a vida de algumas pessoas deve ser contada. Por exemplo, de quem rói unhas. Ou para evitar sequelas de unhas postiças mal aplicadas.
Então, vamos lá, às novidades russas que estão disponíveis no Brasil:
Olga Radionova, diretora da RNSA School, fundada em 2020, é responsável por treinar no Brasil as especialistas da rede de franquias Bela Russa. Ela explica o objetivo do processo:
“ É inaceitável, no nosso ponto de vista, que as unhas naturais sejam danificadas em prol do embelezamento baseado no uso de próteses. Nós trabalhamos no sentido oposto, ou seja, na recuperação das unhas naturais para que elas possam ser usadas no comprimento que as mulheres desejarem”
Olga cita boas razões para adotar seu método:
1.Processamento das cutículas por microdermoabrasão: Troca a remoção das cutículas com alicate por fresas de microdermoabrasão, que diminui o ritmo e o volume de crescimento da cutícula, e não ativa o sistema imunológico. Não é preciso realizar procedimentos semanais, o que deixa as unhas intactas por mais tempo.
2.Não desgasta as unhas naturais : Não é feito lixamento ou desgaste da superfície das unhas naturais, prática que deixa-as cada vez mais finas e fragilizadas. O método russo mantém a integridade das unhas sem prejudicar em nada a aderência e a durabilidade dos esmaltes.
3.Esmaltação de alta precisão: Mesmo os melhores esmaltes hipoalergênicos podem provocar alergias se forem aplicados de maneira grosseira, pintando a pele ao redor da unha. No método russo, a esmaltação é realizada com precisão, sem encostar nas bordas de pele.
4.Não utilização de água: Como o método russo original é realizado a seco, evita-se a propagação de vírus e bactérias..
5.Restauração pontual: A técnica de restauração de unhas naturais permite que apenas as danificadas sejam recuperadas sem sacrificar as demais, ao contrário das técnicas comuns, que diminuem o comprimento de todas as unhas para aplicar extensões artificiais.
6.Técnica de remoção segura: A remoção do esmalte no método russo é realizada com fresas de cerâmica, tungstênio ou titânio. Na velocidade correta e pressão adequada, estas fresas são abrasivas sobre o esmalte e deslizam ao tocar na unha natural, sinalizando que não há mais material a ser retirado.
Quem criou a rede Bela Russa foi a economista Carla Jasmini. Ela buscava um negócio para investir na área de beleza e ao mesmo tempo, tentava se livrar do hábito de roer unhas. Em 2021 abriu a primeira Bela Russa, atualmente conta com cinco franquias. Por enquanto localizadas no Centro-Oeste do país. Carla começou a empresa em Goiânia
As roedoras do sul do país aguardam o método da Bela Russa para ostentarem suas lindas unhas.