Aquela velha história de que hotel de beira de estrada era sempre de má qualidade, poeirento, barulhento e ineficiente acabou. Pelo menos é a impressão que fica de um fim de semana no Baobá, hotel na Via Dutra, na região de Taubaté.
Reservado depois de uma pesquisa na Internet, o local revelou-se fiel às imagens da telinha. Uma entrada com uma fonte de formas geométricas (ih, desligada, na hora que chegamos), bom estacionamento, gente amável na recepção. Cartão magnético em vez de chave (oba, é moderninho), no caminho dos quartos, a piscina.

Ou melhor as duas piscinas retangulares, estreitas, na medida certa. Quem precisa de uma olímpica em fim-de-semana? Corredor limpo, no meio do caminho um jardim-de-leitura, com banquinho, jardim, silêncio.

Nos quartos, boas camas, piso frio, branco, ar condicionado e TV das fininhas, full HD. Chuveiro maravillhoso, de regulagem fácil. E wifi gratuito! Às vezes um pouco lenta, mas uma conexão muito razoável, principalmente para quem sempre leva trabalho para fazer, descarrega fotos, envia montes de textos.

No café da manhã, um bufê diversificado, com bolos, salsichas, ovos, iogurtes. Não sei por que, o pão em São Paulo não é maravilhoso, mas não compromete. Nem tudo pode ser perfeito, afinal.
Há refeições (cobradas à parte), os pratos são fartos. Boas sopas.
Outra coisa incômoda é a curva que se faz para chegar no hotel. Um verdadeiro cotovelo, súbito, que acaba em uma subidinha. Teria medo de chegar pela primeira vez à noite, porque fica difícil distinguir o caminho certo.

Aliás, nunca vi tanta rotatória como em Taubaté! Lembrei da primeira vez que dirigi na Inglaterra, onde as estradas secundárias têm rotatórias, que lá são os roundabouts. Parece simples, basta dar uma voltinha? Nada disso: lembrem que o carro tem o volante do lado direito, a mão é do lado esquerdo e é uma dúvida absoluta encarar um roundabout: vou para que lado, esquerdo ou direito? Se fosse na França, meu carro teria prioridade, porque lá a prioridade é de quem entra pela direita. E na Inglaterra? Fui pelo instinto, rezando para São Cristóvão.
Diante desta lembrança, Taubaté pareceu tranquila.

Voltando ao Baobá, dava a impressão de ser um hotel recém-inaugurado, de tão novinho. Pois já tem nove anos, o que confirma a boa manutenção. Gostei.

Baobá Hotel
(12) 3609-8000
www.baobahotel.com.br

Quanto à Via Dutra, continua com umas obras intermináveis. Mas o que me intriga é a diferença entre o trecho paulista e o do Rio: por que temos tão poucas opções de paradas decentes para o lado de cá? Depois do Graal de Rezende, só a Casa do Mamão (piada com a do Alemão). E uma Produtos da Roça, decepcionante. Ah, na volta ao Rio, evitem a primeira barraquinha de bananas: mais cara do que qualquer Zona Sul. Uma dúzia, R$ 4!
Na foto do quarto, sobre a cama, está uma boa comprinha para fazer a bordo dos aviões da Air France: uma bolsa de nylon, resistente e dobrável, com espaço para tralhas diversas…