O ano começa com as ruas lotadas, depois dos shoppings e lojas superlotadas no Natal e nas vésperas do Ano Novo. Foi bonito de ver, as vitrines todas brancas no Rio de Janeiro. E todo mundo comprando nem que fosse uma regatinha branca. Impressionante, como a C & A evoluiu, mostrou uma ótima seleção de brancos – resultado: dia 30 não havia mais uma camisetinha para os retardatários, nem na seção masculina. Quer dizer, os lindões também aderiram à moda-esperança do Ano Novo. Que foi incrível, em Copacabana, com aquela multidão de lanternas, isqueiros e celulares ligados, iluminando a praia. Os fogos são meras atrações, o melhor de tudo é a platéia. Dois milhões é muita gente.
Assim como nas festas de Copacabana, o consumidor é a grande qualidade da nossa moda. A adepta da moda decide o que vai usar das propostas e das referências. Cada novidade demora uns 3 anos para “pegar”, é o normal nas grandes mudanças.
Agora ninguém mais pensa em calça de cós baixíssimo, a atenção vai para a modelagem das pernas e o gancho. As escolhas são estas:
Skinny: ainda imbatível, porque emagrece e é sexy. Veste bem todas as idades. Fica bem com camisetas, túnicas, batas, minivestidos.
Fica mal com body, bustiê.
Vai ser moda até o próximo inverno, quando será usada com botas de cano longo
Boyfriend: não pegou furiosamente, porque a maioria não quer saber dos rasgões, do corte largo e desleixado e da barra virada. Mas é engraçadinha, principalmente para as jovens e magras
Fica bem com camisas, camisetas estreitas, e paletós grandões (quando esfriar)
Fica mal com bustiês e túnicas
Também vale até o inverno, em jeans claro ou médio
Saruel: demorou, mas convenceu, pelo conforto. Ainda tem um ar sofisticado, apesar de ter se democratizado e estar em todas as lojas
Em malha, fica bem com quase tudo. Até com bustiê, peça perigosa porque beira a vulgaridade. Só evitem o salto alto
Gancho baixo (ou dohti): limita-se a quem curte muito moda e sabe a atitude para andar com os fundilhos baixos. Em jeans, a melhor versão.
Fica bem com sei lá o que. Camiseta, camisa, depende do reflexo no espelho. Fica mal com saltão, croc, blusas de babados
Pantalona: é moda de verão, também para quem não resiste a uma peça diferente, que ninguém usa. Talvez com modelagem de alfaiataria agrade a mulheres altas, como Claudia Raia, que pode usar qualquer tipo de calça.
Flare: descende das bocas-de-sino, mas muitos mais estreitinha nas coxas. Até hoje, só vi a Tidsy / Astridinha Monteiro de Carvalho usando bem uma flare da Bo.bo. É modelagem para pernas finas e longas.
Fica bem com saltos altos, camisetas justas, jaquetinhas, paletós grandes. Mais bonita em jeans escuro
Mas é onda que vem, porque a novidade acaba sempre vencendo a resistência. Basta ver que a Flare faz parte da coleção jeans do Carlos Miele (foto)
Estas são as opções de calças, que farão a diferença na moda deste ano. Vão pensando nas suas escolhas daqui a pouco. Por enquanto, bom mesmo é sair de shorts e bermuda boyfriend. Isto é, a bermuda de tecido escolhida na seção de roupa masculina da Renner, Taco, Richards, Armadillo…não tem melhor, combinam com tudo, desde havaianas até escarpin peep-toe, se quisermos dar um de pin-up século 21.