Enfim, parece que decolamos. Estes dois desfiles de hoje valeram todos os dias anteriores, de tão impecáveis. Adorei a trilha exclusiva da Ellus, o cenário de paredes e porta, o piso de madeira laminada. E claro, a coleção, mas isto não é novidade, já que a Ellus sempre fez ROUPA, mesmo quando descamba para uma ala de festa e luxos mais tradicional. Foi o que aconteceu neste desfile, que começou maravilhoso com pretos em conjuntos de saia e top, em camadas de tecido e couro, jaquetas tipo perfecto vermelhas com calças de renda também vermelhas, casacos, coletes e blusões forrados de pele, deixando ver as peles por fora, como os casacos que foram febre nos anos 1970, os moutons retournés. E acabou com longos de saia de fenda bordada de um lado ou uma manga só, bordada em franja, uma passagem dispensável no conjunto.
Um desfile é mais do que uma coleção bonita: precisa ter a música que a platéia se mantenha atenta, mas reconheça, que sinta alguma emoção. Tem que ter a luz certa, e o timing exato. A Ellus foi exemplar.
Intervalo /a música do desfile foi composta especialmente por Nick Smith, que reuniu outros músicos para a apresentação. O quinteto não existe, também foi criado para a ocasião. Um deles, bem humorado, sugeriu: “escreve que é o quarteto do Fábio, do Mario, do Teco e da Graziela”. Pronto, é o quarteto da Ellus, liderado pelo Nick Smith