Quem costuma ler este site ou o blog equivalente, talvez lembre de algumas conclusíµes tiradas durante as semanas de moda realizadas em fevereiro e março: que o mercado
estava mudando, e isto traria conseqüências para o estilo da moda.
Traduzindo na prática: o mercado americano, que sempre liderou o consumo do mundo, está em crise. Quem compra atualmente: árabes, russos, indianos e chineses. Uma multimarca do Cazaquistão foi o furor da temporada, deve ter comprado coleçíµes inteiras.
O que isto provoca: uma adaptação ao gosto destes paí­ses, de culturas diferentes da francesa. Criar para as americanas é mais simples, porque os Estados Unidos sempre admiraram o talento dos europeus. Mas China e Rússia têm tradiçíµes próprias de luxo e moda. A índia é o paí­s de origem das sedas e das pedras preciosas. Portanto, deve haver mais brilho e mais luxo daqui para a frente. As previsíµes do povo da moda, nos corredores (melhor dizendo, nas filas e horas de espera dos desfiles, ou nas feiras e salíµes), é que os americanos vão ter pelo menos cinco anos de crise.

A mais recente ação da Calvin Klein, segundo o WWD, retrata esta situação de adaptação. Na semana passada foram lançadas coleçíµes da marca em Dubai, como parte de um circuito internacional que incluiu Toquio, Xangai, Beijing e Londres.
A festa contou com 300 convidados no Four Seasons Golf Club, onde o lounge foi transformado em galeria com 15 colunas de acrí­lico onde os modelos se instalaram dentro de pedestais de aço. Um visual futurista, assinado por Kevin Carrigan, diretor de criação da empresa. Segundo Carrigan, Dubai sabe a diferença entre opulência e minimalismo, e quer ser reconhecida como uma cidade do futuro.

Entre os lançamentos feitos na ocasião, destacaram-se o perfume Euphoria Intense e a linha de maquilagem, que deverá ser vendida na Debenhams (que é inglesa, com filial no Mall of the Emirates), além das coleçíµes de sapatos femininos e masculinos, que chegarão no outono aos Emirados írabes.

Para atender ao gosto da consumidora do Oriente Médio, a Calvin Klein deve fazer modificaçíµes na coleção. As mudancas atendem às diferenças de clima, o tipo fí­sico e as cores.
A maior diferença é em relação ao marketing e exposição das mercadorias. Além das campanhas publicitárias serem mais discretas, as peças de lingerie chegam a provocar multas, se forem expostas de maneira ousada demais nas vitrines. No lançamento feito na quinta-feira, por exemplo, as novidades em roupas í­ntimas não eram vestidas por modelos e sim, artisticamente dispostas sobre dunas de areia.

Na lista de celebridades locais: a cantora Diana Haddad Mohi-din Binhendi, presidente das empresas BinHendi (na foto), a modelo Jelena Jakovljevic Bin Drai, , o designer libanês Walid Atala e o diretor de cinema Nahla Al Fahad. É bom ir se acostumando com estes novos vips do mundo do luxo. E aprender a escrever direito seus nomes

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