Normal, alguns desajustes no primeiro dia de um evento que ocupa 27 mil metros quadrados nas areias de uma praia urbana como Iracema, construído em 20 dias, com orçamento de R$ 3,5 milhões. O que pode melhorar, até sábado, último dia do Dragão Festival de Fortaleza:

  1. Dar um pequeno intervalo entre os desfiles. Começando mais cedo, por exemplo, para terminar em horário razoável
  2. Encurtar a coletiva. Todos os patrocinadores têm o direito de falar, mas rapidinho seria ideal. Claudio Silveira, organizador geral nestes 20 anos do Dragão, sabe tudo, fala tudo, atropela o protocolo engessado e merece todo o tempo, mas tem um evento grande para tocar.
  3. Por que falo da coletiva? Porque quando acabou, o desfile do Parko, boa marca masculina, já acontecia, na passarela da praia. Mal deu para fotografar
  4. Agora, um detalhe que frustra, mas tem que ser mantido: gente, é muita coisa boa acontecendo ao mesmo tempo! Tem workshop com o Mário Queiroz e a Sylvia Demetresco, conversa com o Dudu Bertholini, balé, performances, André Carvalhal falando de futuro da moda, Eduardo Motta nos talks. Só tendo um clone para ver tudo sem perder os desfiles
  5. A entrada nas salas de desfiles é caótica. Como muita gente pula um desfile para conseguir entrar antes, os lugares lotam. Primeira fila, nem pensar. Como não tenho paciência para discutir e sei que vou ver mal da última fila, vou para o pit, o lugar dos fotógrafos.
  6. Sei que parece antidemocrático, antipatico, e existe um acordo de atender à população que curte moda. Mas no que o evento abre para o público, é incontrolável organizar as entradas e a ocupação dos lugares nas salas.
  7. Há quem evite este tipo de comentário, parecem críticas negativas. Mas o Dragão, o melhor evento de moda da América Latina (sim, este bate o de Medellin e o de Buenos Aires. Só falta um setor de negócios para a perfeição), merece ajustar estes detalhes. No fundo, interessam mais a quem quer divulgar,  a quem admira, curte e torce muito por esta empreitada louca, alucinada, com um orçamento baixíssimo e um resultado rico de surpresas, novidades e originalidades.