Em preto, branco e amarelo o Aladio constrói seus camisões em seda da Werner, combinando com texturas de ciré, como no falso colete sobre camisão-vestido. Também nesta ala de brancos há filas de botões acentuando mangas ou pences. Depois, na série de pretos, bem cobiçáveis, destacam-se o falso duas-peças com saia nervurada, ou os pregueados nas costas e o longo de saia pregueada – atenção, estrelas do red carpet, façam suas escolhas no Aladio.
Referência: obra de Hèrcules Barsotti, artista plástico concretista brasileiro

Acessórios: grandes colares de pedrarias de resina cristal, sandálias altas e finas

Fotos Roberta Braga

E mais / além do local bonito e novinho, o Terminal Marítimo de Fortaleza, as salas de desfiles são grandes, de mil lugares, segundo Claudio Silveira. E outra evolução positiva: cada marca tem seus sapatos. Acaba o tempo em que os sapatos eram repetidos, muitas vezes nada a ver com os looks desfilados / a luz parece boa, clara. Mas algumas modelos insistem em não chegar perto dos fotógrafos, voltam no meio do caminho. Não querem aparecer? / a platèia sofre como em São Paulo, sentada em torturantes banquinhos. Pelo menos são de madeira e não de papel, como na SPFW/ a Werner, tecelagem centenária de Patröpolis, é motivo de orgulho no setor têxtil brasileiro. Que tecidos! Que empenho e visão em apostar em nomes como o Aladio! Para mim, é uma lembrança importante, porque foi minha primeira reportagem no Jornal do Brasil, na editora da Gilda Chataignier

 

foto Iesa Rodrigues