Delfrance está fora do Brasil, morando em Milão há 18 anos. Agora se prepara para voltar e para isto traz na linha de frente sua marca, que já vende na Europa e países árabes. Estreou desfilando no Dragão, com vestidos de seda drapeados, estampas abstratas multicoloridas, degradês de laranja ao amarelo, corais curtos, entalhes de peninhas nas laterais (ou pareciam peninhas, na luz da sala). No final, uma estampa floral em tons de vermelho e fundo branco, com “flowers” escrito em alguns pontos. E o Delfrance seguiu as tradições da alta-costura européia, encerrando com uma noiva. Mas não esqueceu do tema Artesanias do Dragão, e ainda conseguiu montar vestidos em filé multicolorido, muito bem vistos na modelo Carolina.
Ok, foi uma estréia, a dinâmica de moda brasileira é diferente da italiana. Faltou edição no desfile, fazer uma ordem de acordo com os temas das peças, ou pelas cores e estampas. “Fiz assim, para que a platéia não dormisse. Porque na Itália, dormem…” argumentou o Delfrance, que foi super aplaudido no final.
Conhecer a moda de Delfrance Ribeiro é enveredar na história, romper com os eixos cartesianos, estabelecendo novos conceitos.