Com seis artesãs e muita paciência a jovem Helen passa os dias tecendo em tricôs e crochês que se transformam em minivestidos, tops e macacões em cores fortes como o rosa ou listras em combinações de verde e rosa, cáqui e marinho. São peças de ateliê, com o valor do feito à mão. Alguns são modelos simplesmente curtos, de vez em quando com longas franjas de canutilhos verdes cobrindo o decote nas costas. Outro tem a brincadeira de um detalhe que parece uma coluna vertebral na abertura das costas.
A dúvida se iguala ao caso da roupa africana: este trabalho merece entrar em evento lançador? Se depender do cuidado na elaboração e na precisão da modelagem, não pode ficar de fora da semana. Até a opção de mostrar sem muita produção deve ter sido para valorizar os pontos. Claro que um toque de styling ajudaria a aceitar melhor. E poderia dispensar os modelos reveladores do busto das modelos, com uma segunda pele ou coisa similar.
Intervalo / encontro no corredor o Delfrance Ribeiro, brasileiro radicado em Milão, que apresenta amanhã uma coleção de glamour com detalhes de filé, bilro e renascença. É mineiro e tem produção que vende para a Italia, Estados Unidos, países árabes e França. “Já tenho roupas presentes nos tapetes vemelhos, nos Estados Unidos”, contou o Delfrance. Vamos ver o que ele nos traz