21h50
Ivanildo cumpre todas as regras do Dragão. Tem qualidade, acabamento, coerência com o tema que escolhe e ainda por cima, utiliza as rendas de bilro, as renascenças, os richelieus. E não é só isso, investe na sustentabilidade, porque recicla refugos de tecido, recriando texturas de luxo! A partir do movimento Art Nouveau, mais precisamente nas folhas de bálsamo, presentes em obras de arquitetura vistas em cidades como Viena, o estilista realçou as tramas artesanais, em geral vazadas e pretas, com forros ou contrastes com a amarelo e bege.O maxirichelieu, por exemplo, fez o corpo de um tomara-que-caia de saia em panos, bem anos 1950. Saias de couro completaram vários tops trabalhados com rendas e aplicações. Os tecidos velhos foram retorcidos ou picotados e enfeitaram saiotes para as gatas fashion. O longo preto, de saia bege com panejamentos pretos, tinha um ar de Grace Kelly, ícone dos anos 1950/60.
Não faltou o lado conceitual, visto nas saias aramadas com as folhas de bálsamo aplicadas. Um belo trabalho, do Ivanildo Nunes.
22h
Vale ter: o longo de Grace Kelly, os vestidos curtos, tomara-que-caia
Só no show: os aramados, lindos na passarela
Intervalo / o Dragão tem excelentes instalações. São 3 salas, com cadeiras nas platéias, passarela baixa coberta de preto, facilidade de locomoção entre as salas / como nada é perfeito, as salas inspiram insegurança, quando se nota a lentidão nas saídas. As portas de emergência ficam fechadas, a sala 1 tem uma saída tipo curral, muito estreita para a multidão que quer sair toda ao mesmo tempo / isto não é difícil de melhorar, para quem tem o amplo espaço do Centro de Convenções / e o trânsito de Fortaleza, o que é isso? Para garantir chegar ãs 18 horas, horário suposto do primeiro desfile, é preciso sair às 16 horas do hotel!