As modelos dançando na abertura do show deram esperanças de algo diferente do trivial. A trilha de boleros, típicos dos bailes nos anos 1960, foi coerente com o tema Baile Perfumado. Mas a estampa fotográfica em tons de marrom podia ser mais convincente, mais romântica. Os jogos de transparência e cores nos forros ficaram aquém do que se esperava do Lindebergue. Os destaques ficam por conta dos bordados espetados, realmente intrigantes. E dos jeans com tratamento manchado, que já foi chamado de jet snow em outros tempos.

E mais: o Dragão Fashion não se compromete com estações ou vendas por atacado. Reúne marcas de designers jovens, criadores autorais, sem recusar a fast fashion da Riachuelo ou a indústria da beleza como a O Boticario. A montagem desta 15a edição lembra um arraial ou quermesse, com as tendas oferecendo, além das salas de desfiles, espaços para balcões onde chefs cearenses propõem seus quitutes, lojas para coleções, lounge para os coquetéis. O público composto por imprensa e convidados lota tudo, anima o lugar até o último espumante dos coquetéis de encerramento