Sem ser de praia ou piscina: são dois espetáculos a que assisti recentemente, que merecem atenção.

Primeiro, um domingo chuvoso na rua Visconde Silva, que muito frequentei, por ser local de estudo dos filhos. Chega convite para assistir a uma peça, com o amigo André Vagon na orientação. Tem que ir! A Beco dos Apaixonados reuniu uns 10 alunos do Colégio Andrews (um dos melhores que conheço), interpretando o texto da aluna Carolina Moreira. Primeira vez que foi usado texto de aluna. História de geração atual, sem preconceitos, menina fazendo papel de menino, outra que namora todo mundo. Uma vontade de expressar paixões, o que dá a linha para todas as obras de teatro, cinema, livros, poesias, doramas, desde que a humanidade conta suas histórias amorosas. O teatro do Andrews já rendeu muita gente boa para a indústria do entretenimento. Neste espetáculo, a direção do Gustavo Gasparian já é uma prova e um privilégio para o elenco. O Vagon fez a direção de movimento, proeza em um palco pequeno com muita gente dançando e pulando. 

É profissional? Ainda não, mas poderá ser. Tem gente que canta muito bem, atua muito bem. O que mais precisa? Um olheiro para acompanhar a evolução do grupo. O colégio dos Flexa Ribeiro continua excelente.

 

A segunda peça, esta profissional: o Musical Pré-fabricado Los Hermanos, no Teatro Casa Grande (Shopping Leblon). Não é um musical fofinho, tem um ar de Felipe Hirsch ou Gerald Thomas no conceito. Cenário com quatro caixas iluminadas, atores e atrizes de vozes maravilhosas, figurino lindo, principalmente os vestidos. Um pouco de deboche, quase nada de Ana Julia, a canção mais famosa da banda. Muito elaborado, editado em quadros e cenas impecáveis pela ação do elenco. Fui assistir depois de ficar sabendo pela Dorinha, minha companheira de missa do Padre Lincoln: o filho dela, Felipe, está na produção. A direção é do Michel Melamed.

Confesso que só tive um problema: não conheço as músicas dos Hermanos. Pelo espetáculo, achei a maioria melhor do que a Ana Julia. Mesmo assim, até isso foi bom, saber que a banda tem (ou tinha, porque acabou) um repertório digno de um musical.

E mais: gosto da minha casa, mas tenho o chamado fogo no rabo. Vacinas devidamente cumpridas, caí no mundo. Teatro, cinema, desfiles, beijos e abraços, reencontros com amigos e conhecidos. Resultado? Não, não, nada de Covid. Influenza! Muito chato, nariz não existe, dor de garganta, sono direto. Sem febre, olhos lacrimejantes e o mais estranho, coceira no rosto! Uns três dias em casa, arrasada. No quinto dia, não resisti e fui ao salão, de carro. Voltei arrastando a existência. Ontem, fui ao cinema, ver o Mario Bros (bonitinho, bom para uma recuperação). Voltei mais ou menos. Não pela virose, e sim porque botei máscara, para não contaminar o cinema inteiro (que estava bem vazio). Tinha esquecido como é ruim respirar de máscara. Mas aconselho: evitem aglomerações, sei de muita gente que está pegando Covid e continua no social, de beijinhos e abraços.  :