aberturaNelson Alvarenga fez bem em botar a Adriana à frente do estilo. É casado com ela, mas pelo jeito há independência e entendimento entre os dois, porque a marca continua impossível. Não tem pra ninguém neste jeito jeanswear, e quando achamos que a onda se esgotou, a Ellus surge com um tecido, um acabamento, Uma proposta, e sempre convence. A roupa masculina e a feminina são pretas, em texturas de tecidos foscos, emborrachados no aspecto, o leather denim. Calça preta, jaqueta preta e um gola azul desponta. Calça preta, blusão preto e um avesso de capuz amarelo. As combinações ficam por aí, e mantem o espírito da Ellus, uma espécie de roupa que a gente já viu, com um detalhe diferente (bolsos com dobras, acabamento enrugado) e uma qualidade de modelagem imbatível. As calças são estreitas, os ombros, marcados mas naturais, as boots, em couro fosco.
Lembram de um comentário sobre Greta Garbo, quando fez uma comédia? Todos os críticos escreveram “ela ri!”, porque jamais ela havia rido em uma cena, era sempre aquele drama, aqueles olhares de cílios longos. Pois o mesmo comentário se aplica ao Jesus Luz. Ele riu! Foi na fila final dos aplausos, bem na minha frente. Ele ri!
Intervalo / vai entender: o brinde da Ellus era uma bóia de pescoço. Será que a coleção era uma viagem? / uma convidada do evento deixou 15 mil reaizinhos no balcão da TAM. Comprou passagens para Disney, Paris, Togo, Nova Zelândia e Bangu. Tudo em executiva / pintou um bicho novo na fazendinha dos fotógrafos. Um cavalo relincha. Na platéia, uma galinha responde / muita fumaça na sala da Ellus, gelo seco demais. As fotos ficam blurred