18h05

Fause Haten tem um jeito especial, para quem acompanha a carreira dele. Já foi inovador no jeans, que transformou em ícone de luxo, já reinventou o sportwear no histórico desfile de skatistas no MUB, vendeu a marca, reforçou a Ana Carolina como cantora, virou ele mesmo cantor. Ao mesmo tempo, faz desfiles performáticos e teatrais, e ficamos pensando – onde ele vende estas roupas? Esta trajetória confusa tem muito estilo, e parece representar uma personalidade carente, meiga e divertida. Basta dizer que a platéia encontra rosas nos lugares, que são jogadas no estilista no final do show. Ele fornece as flores!

Este preâmbulo pouco tem a ver com a coleção de hoje. Que misturou estampas de verão, devidamente rebordadas à exaustão – hibiscos, folhas de palmeira -, com peles de raposa e vison. Sugeriu variantes do smoking com blusões paetados, bem convincentes, e prendeu saias de seda pura preta como pareôs, lindas. Havia uma história de inspiração em filmes de Elvis Presley por trás, o que explicava as estampas de camisas havaianas e saias pareôs. O resultado só escapou do perfeito pelos dois looks de saias rodadas, enooormes. Não venham me dizer que eram figurinos de heroínas, namoradinhas do Elvis no filme: ficou esquisito.

18h13

Intervalo / as salas continuam frias e escuras. Com entrevistas de TV sendo feitas na entrada, cegando quem chega procurando seu lugar / em compensação, o banheiro está abastecido de papéis, sabonete líquido. E longas filas, claro / lindos, os sapatos de cetim vermelho do Fause Haten. Mais lindos, só os vermelhos com cristais do Reinaldo Lourenço

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