O dono da feira
A 19a Fenin, que se reaaliza em Bento Gonçalves até sexta-feira, dia 23, se mantém como o grande evento comercial da moda brasileira. ^Minha feira não é de moda, é feira de confecção^, define Julio Viana, líder da ExpoVest, que organiza as Fenins no Rio Grande do Sul, em São Paulo, já fez em Fortaleza e em agosto deste ano parte para o Rio de Janeiro.
– Esta será minha melhor feira. Em princípio, ocuparia um pavilhão do Riocentro. Agora, já tenho este espaço totalmente ocupado. São 10 mil m2 com marcas de todo o Brasil, vem expositor de Minas Gerais, Goiás, do Sul, de São Paulo e claro, do Rio. Lojistas, também de todo o Brasil – quem não quer ir para o Rio? Vamos levar compradores de redes que contam com 300 lojas no Nordeste – adiantou Julio Viana, durante requintado jantar na Vinícola Aurora.
Assim, de 04 a 07 de agosto teremos a Fenin Fashion / Rio, lançando o alto-verão. Quem ainda não ouviu falar deste empresário, que chega ‘a 19a edição de uma feira de inverno, em um país tropical, saiba que ele não depende de instituições que banquem ou participem com alguma verba expressivba, como patrocinadores.
_ Tudo é feito pelo meu prórprio negócio, eu é que mando. Nem meus clientes mandam no evento. Bem que eles tentam, mas não conseguem – brinca (com um fundo de verdade) o Julinho, como é conhecido no setor da moda.
Além do talento de vender seus espaços nos eventos quie organiza, Julinho tem uma estratégia objetiva: munido da lista de lojistas fornecida pelos expositores, ele convida os compradores para virem ‘a Feira, com passagens e duas diárias de hotel.
Paulo Zulu e Julio Viana, mestres na Fenin
Foto Vini dalla Rosa
Paulo Zulu, um mestre
Infalível: hjá 23 anos, mal ele aponta nas passarelas, a plateia vem abaixo, aos gritos, todos os celulares levantam, para fotografar. É o Paulo Zulu, modelo, surfista, dono de pousada em Santa Catarina, pai de dois adolescentes, que continua o máximo nos desfiles de roipa masculina.
– Nunca trabalhei tanto como nestes últiomos cinco anos! Talvez porque nunca pensei que chegaria uma hora de parar, sempre vi tudo pelo lado bom. Também nunca tinha imaginado que seria modelo, era sufista profissional. Mas quando entrava nos torneios, mesmo que não estivesse entre os primeiros colocados, era a mim que fotografavam e publicavam as fotos.
Foi Sergio Mattos, o booker agitador da 40 Graus, quem, de Nova York, ligou para o Zulu, dizendo que ele ia estourar, que tinha um monte de trabalho de modelo para ele, que ele atendesse aos telefonemas, etc. Claro que o surfista levou um susto, mas decidiu apostar.
– Primeiro, achei que era louco, mas pensei – bom, o cara é amigo, não tem segundas intenções comigo, vamos ver o que acontece. Na verdade, nunca fiquei achando que fosse bonito, sempre me preocupei mais com a espiritualidade. Mas acabei entrando no circuito, fui para Milão, morei em Paris, voltei, continuei trabalhando.
Este é o Paulo Zulu, 52 anos, a quem um fotógrafo, depois de uma sessão de trabalho, impressionou tanto pela calma e carisma. Tanto, que acabou recebendo uma mensagem do profissional das câmeras, dizendo que ele seria seu exemplo de atitude, e que dali em diante consideraria como um mestre.
Estava certo, o fotógrafo.
E mais – Ainda bem atrás de Gramado, como polo turístico, Bento Gonçalves merece atenção dos viajantes. A grande atração é o vinho, as vinícolas, os rituais do setor. Nesta semana, caminhões circulam nas estradinhas sem acostamento (mas asfaltadas) da região, levando a carga da vindima. É poss[ivel participar desta colheira nos parreirais / há também a cachaça. Visita obrigatória para quem aprecia e também para quem não curte, é a Casa Buco, onde é produzida uma cachaça espetacular. Com a qual, são feitas caipirinhas de limão, laranja, maracujá, morango e …banana! Não sou chegada a este tipo de bebida, mas admito que nunca provei nada melhor. São delícias da região, entre Bento Gonçalves, Veranópolis e adjacências. Uma região que esconde requintes ainda desconhecidos dos viajantes curiosos por novas experièncias..