Copeirinha com frio no pátio da Cour Carré

Copeirinha com frio no pátio da Cour Carré

Este Marc Jacobs…desta vez ele combinou palavras e símbolos. Segundo seu press-kit, a palavra fetiche vem de feitiço, em português e de facticius, em latim. Significa objeto que se acredita ter poderes mágicos ou algo que é objeto de devoção irracional.  Também ligou Fetiche com Fashion, misturou com um dos modelos de bolsa mais cobiçados da Vuitton, a Lock-it. E criou a coleção baseada em tipos de hotelaria.

Antes de entrar na tenda preta, montada na Cour Carré do Museu do Louvre, os convidados já encontravam garotas vestidas de copeiras, aventais brancos sobre vestidos pretos (lembrei da Daslu). Lá dentro, elas estavam estáticas ao longo da platéia, com bandejas de champanhe e canapés de caviar.

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O cenário de quatro elevadores, primorosamente montados, iguais aos antigos, gradeados, era a entrada das modelos. Um elenco de tops que incluiu Naomi, Kate Moss, Malgosia, Amber Valetta, Maria Carla, Freja, Aline Weber. Engraçado, não vi Carol Trentini nesta semana.

Bolas pretas cercaram a tenda preta da Vuitton

Bolas pretas cercaram a tenda preta da Vuitton

Voltando ao desfile, realizado sobre piso quadriculado preto, que provocou escorregões nos pés calcados com botas altas, de plataforma, em geral de verniz. Os bellboys viraram casacos com botões grandes, dourados, ombros arredondados. Os carregadores de malas, conjuntos em cinza e preto, com calças de montaria em cinza e preto. Porteiros inspiraram casacões Navy, com botões pretos. E por aí foi, com direito a espanadores nas mãos, as bolsas lock-it em verniz com o monograma em relevo, em cobra, crocodilo, nylon e algo que parecia renda ou guipure, de onde eu estava. Muitas texturas e acabamentos diferentes para esta bolsa cobiçada.

Falando em acabamento, as cobras são laqueadas, os sapatos de pulseira levam pintura de automóvel para colorir e dar o aspecto de um verniz diferente.

No final, vieram as saias de pele fake, ou de escamas quadradas, as blusas de organza e Kate Moss fumando, com shorts de cashmere e casaco de pele e renda emborrachada (ou borracha rendada? Ó dúvida!), pernas de fora, máscara de brilhantes na cabeça.

Intervalo / bom, foi bom como desfile. Esta bolsa merece ser emblemática, eleita obscuro objeto de desejo / a coleção voltou a ser mais conceitual, quase um divertido figurino, demonstrando que a inspiração pode vir de um dia-a-dia, de um hotel, de uma viagem / Marc Jacobs começa o desfile na hora marcada no convite. Muita gente fica do lado de fora / O dia está nublado. Será que a neve de Madri vem para Paris? / Patrícia Romano recebeu a imprensa brasileira, encontrei também a Priscila Monteiro, que está na LV regional, em São Paulo / Como Miumiu convida meia dúzia de pessoas e tem três fotógrafos nos desfile, e o Elie Saab também reduziu a lista, sem ainda ter chegado ao status de grife imperdível, top, as equipes de reportagem e fotógrafos se despediram depois de Vuitton. Eles se reencontram nos desfiles masculinos e de alta-costura, em junho. Mês de lançamentos importantes no Brasil, são as coleções de verão / chiques, os bancos da Vuitton, estofados com couro preto capitonê