Salão como a SIMM é sempre oportunidade de conhecer gente nova e encontrar gente boa. Desta vez conheci a Rafaela Donini, goiana lindinha que casou com o Giuliano Donini, do grupo Marisol. Ele não veio para Madri, mas a Rafaela fez as honras do stand da Rosa Chá, com muita competência. Avisou que o vermelho-groselha será a cor do verão, que o forte da marca com estilo do Amir Slama é a estampa e que o objetivo é lançar moda com uso além da praia. Calças saruel, vestidos soltos, batas lindas, está tudo ali. Em setembro abre a loja no Soho no mesmo dia 6, quando a marca desfila na semana de moda novaiorquina.

Notei e confirmei a força da moda que vem do norte, da Escandinávia, da Holanda. Como o grupo ICCompanys, da Dinamarca, dono da In Wear, Matinique, Cottonfield e Jack Pot. Ótimas coleções, meio escondidinhas em um canto do salão 5. Da Holanda, vi a Reset, com capas de chuva maravilhosas. Da Alemanha, um dos melhores espaços, da Marc Cain. São destaques da feira.
Outra vitrine boa, a dos manequins de vitrine Hipershop.
Nos acessórios, vem de Barcelona a Uschi Hopp, com botas e bolsas em python natural ou colorida.

Cibeles em setembro
A Pasarela Cibeles sempre foi o evento dos estilistas de Madri. De lá, saem as notícias sobre a recusa em contratar modelos magras ou jovens demais. Quer dizer, é o que o mundo sabe da semana espanhola. Agora em setembro, de 15 a 19, ela acontece como edição de verão, mas com algumas modificações. Primeiro, muda o nome para Cibeles Madri Fashion Week. Vai se realizar no conforto do espaço vasto do pavilhão 12 da Ifema, onde se realiza a SIMM agora. Terá duas passarelas, uma Cibeles e outra, Neptuno, cada uma com 600 lugares. Vai custar 3 milhões de euros, terá 36 criadores em 32 desfiles e integrará jovens estilistas do projeto El Ego, no último dia. Dos estilistas, só faltará Roberto Torreta, por motivos pessoais. Mas garantiu que voltará em fevereiro.
Como no Fashion Rio e São Paulo Fashion Week os 14 mil metros quadrados incluirão também uma espécie de área de convivência, um Village, para onde se dirigirão os convidados sem direito a assistir aos desfiles. Devem ser emitidos 50 mil destes convites, que darão direito a ver as novidades dos lançadores de perfumes, cervejas, óculos, Wii Fit, etc.
Uma iniciativa boa, esta mudança. Só vejo um pequeno senão: por que a semana madrilenha não aceita estilistas de outros países? Esta abertura, como Paris sabiamente faz, ajuda a atrair olhares internacionais para a cidade e para a sua moda.