A partir do dia 30 de novembro o belga Nicolas Ghesquière está fora da Balenciaga. Durante 15 anos o designer levantou o nome da grife fundada por Cristóbal Balenciaga, um dos âncoras da moda contemporânea. Nesta fase de Ghesquière, a grife voltou a ser notícia, lançou tendências, mudou bastante o panorama da moda internacional.

Mas há sempre aquele fator drástico: será que, além das bolsas maravilhosas, a venda era boa? A criação de bolsas era atribuição do Ghesquière? O fato é que ele é talentoso e inovador. Será que estas qualidades são imprescindíveis nesta era de comércio em crise? Ou as consumidoras querem apenas roupas que sejam mais do mesmo – isto é, vistam bem, deixem bonita, emagreçam e tenha bons preços.

Sei que é absurdo este tipo de consideração. Mas a moda e o mundo passam por um período de cair na real. Sempre haverá quem crie, quem trabalhe por amor à arte e à criatividade. Por outro lado, as marcas são empresas que visam lucro, cada vez menos pretendem pagar uma nota para um criador que é genial mas seus produtos só vendem depois que são filtrados pelas Zaras da vida.

Vamos ver o que acontece com a Balenciaga. Interessante é que esta última coleção foi uma das mais comerciais feitas nos 15 anos de Ghesquière como diretor de criação. Vai entender!

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