Visão da loja-conceito na Oscar Freire, onde foram lançadas as coleções da temporada

Por um evento, dá para demonstrar a categoria de uma grande marca. A Havaianas confirmou seu poder, no lançamento da nova coleção na loja-conceito na Oscar Freire (São Paulo). Motivo da celebração na manhã desta terça-feira: a novidade que deve agradar muito, e integrar o chinelinho de borracha em um ponto acima do mero uso relax das que usamos atualmente. É a linha Flats, de rasteiras, com solados finos e estampas variadas, misturando florais e listras, xadrez com bolinhas, pied-de-poule com listras e um colorido em degradês. Esta série, muito mais próxima de sandálias do que de chinelos, estará nas lojas a partir de julho, por preços entre R$ 15,90 e R$ 19,90.

Rasteirinhas na linha slim

Flats em pied-de-poule e listras. Preços irão de R$ 15,90 a R$ 19,90 a partir de julho

Esporte masculino – além das flats, a novidade é masculina: são os calçados After Sport. Tiras aeradas, com recortes na forma dos desenhos das tirinhas clássicas, cabedal colado, em vez de encaixado e um dos modelos tem solado anatômico, que ajuda a relaxar os pés de jogadores de futebol, tenistas, esportivos em geral. Basicamente são chinelos masculinos, feitos até o tamanho 48, mas nada impede que garotas atletas (ou não) calcem suas After Sport. Custarão em média R$ 39,90.

Linha After Sports, em princípio para uso masculino. Tiras aeradas, solados que ajudam a relaxar

Parede arco-íris – o espaço da grande loja com clarabóia tem a ver com a trajetória das Havaianas desde 1962. Logo na entrada, uma barraca de feira lembra as primeiras vendas; em seguida, um container representa as exportações. À direita, onde hoje um DJ agitava, normalmente é o canto onde a clientela customiza suas Havaianas.

Ai, que tentação, a feirinha dentro da loja, com vários modelos de sucesso

E na parede do fundo, um deslumbramento: a cartela arco-íris, com todas as cores disponíveis. Segundo Rui Porto, consultor de marketing da marca, “as cores que mais vendem são branco, preto e navy. As novas são camelo, neons. Os europeus gostam das marrons”.

As camelos, pinks e neons, os azuis e violetas e os marrons e cinzas, favoritos dos europeus, na parede final

A pedidos – o fato de ter lojas espalhadas pelo mundo, incluindo três em uma cidade fashion como Paris, influencia a criação de novas coleções. Como as espadrilles, que caminham pela Europa desde 2009; os tênis básicos em nove cores, dignos de colecionar e as meias no estilo japonês, com recorte para a tira, nos dedos.

Espadrilles, calçados espanhóis na versão das Havaianas 

Neo-punks, os tênis rendados em preto ou off white

Tênis e boots, a pedidos dos mercados internacionais, porque o verão deles é curto para usar só sandálias

No total, são 103 modelos, entre básicos, slim, flats, after sport, europeus, todos com a identidade das Havaianas – o desenho das tiras, o solado com padrão arroz. Como bem define Rui, “difícil é mudar sem mudar. E se não mudar, volta a ser chinelo de faxina”.

Modelos criados para a torcida. Quem sabe, aquele cara da campanha na TV muda de amuleto?

Um pouco de making of – os 260 milhões de pares produzidos em 2012, saídos da fábrica em Campina Grande (Paraíba) não são suficientes para atender à demanda. Em breve abre outra planta em Montes Claros (Minas Gerais), que deve garantir uma quantidade capaz de encher as vitrines brasileiras, mais as lojas internacionais em Paris, Nova York, Roma, Milão, Miami, Lisboa, Valencia e as sazonais em Saint Tropez, Huntington Beach. E a China, onde o objetivo é convencer que as Havaianas são muito melhores do que os chinelos similares chineses, que custam US$ 0,50. Afinal, Havaianas é mais do que um calçado, é uma marca.

Intervalo / ótimos voos da TAM, tanto ida como volta. Aqueles wraps e tortillas minúsculas servidos a bordo são ridículos. E gostei do Comandante Pedrada, na ida para SP, anunciando “o tempo em São Paulo está bom – raridade – e a temperatura, me disseram que é de 25 graus – acho que é menos”. Divertido, e bom no desvio das nuvens pesadas a caminho de Congonhas / levei mais tempo no taxi até o hotel do que o voo. Motivo, manifestação. Ok, a gente espera / Chique, a Fernanda Meza, da área de produto, com Havaianas pretinhas / muito bom, o Comfort Suítes, na Oscar Freire, 1948. Excelente, o quarto; eficiente, a conexão. Para felicidade ser completa, só faltou o espelho de aumento no banheiro / e um trio de óculos da turma de imprensa: Lula Rodrigues, de Tom Ford; Paula Santana (da revista GPS, de Brasília), de Gucci, e eu, de grau da Mormaii   

Fernanda, de total black, até as Havaianas pretas 

Trio de óculos na lista de convidados das Havaianas

Fotos Iesa Rodrigues