fotos Marina Sprogis

Ainda estou sob o impacto da semana parisiense. Até porque a chegada foi cheia de reuniões, apresentações em power points, novos nenéns na família, o tumulto habitual. Mas tinha que comentar a coleção da Louis Vuitton, mais uma vez assinada por Marc jacobs. Nota-se um cuidado maior nas roupas, coisa que sempre foi encarada como secundária; era mais importante vender as bolsas famosas. Desta vez, há truques de costura, de alta-costura, como as saias e calças montadas em pregas, como planos superpostos, difíceis de descrever e de confeccionar. Outras pregas arredondam os quadris, sem medo. As golas também são elaboradas, enviesadas, entortadas. Nos acessórios, chapéus enrolados, pretos; bolsas matelassês (afinal, é do Jacobs a bolsa-hit grandona, matelassê), agarradas nas mãos. Sapatos escarpin anabela, com plataforma e grandes bijus prata, metalizadas. Algumas suéteres sanfonadas bege fazem base neutra para as peças mais complicadas. Foi um show de competência de costura, verdadeiro final feliz para a semana de correria em Paris.

Make: Pat McGrath; cabelos Guido para Redken
Intervalo / A brasileira Ana Paula Junqueira foi uma das 10 celebridades convidadas como homenageadas pela Vuitton, ao lado de Sofia Coppola, Mila Jovovich, Ziyi Zhang e Gemma Artenton, próxima Bond Girl. E também Lapo Elkann, filho do Lucca de Montezemolo, líder da Ferrari / todos capricham na produção, na platéia. Anna Piaggi, editora na Vogue Italia extrapolou nos paetês e cristais no chapeuzinho de banda / um segurança surge na boca-de-cena, gritando em inglês para todos sentarem, que o desfile ia comecar. Que segurança, o que! Era o próprio Marc Jacobs, lindão, de terno e com ponto na orelha, brincando com a platéia, revidando as críticas recebidas em outubro passado, quando disseram que o desfile teria atrasado por causa dele e de muita champanhe nos bastidores