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Pássaro de topiaria

Na semana de lançamento de Alice no país das Maravilhas em Londres, a Selfridges dedicou um corredor para acessórios e gadgets inspirados pelo filme. Cordões com bules de chá, chaves de vários tamanhos, buttons com efígies da Rainda de Copas, uma vitrine com topiarias e a menina loura com coelho. Nada que despertasse o espírito de colecionadora ou consumista compulsiva.
Hoje, a pré-estréia do filme dirigido pelo Tim Burton no Cinemark do Botafogo Praia Shopping foi patrocinada pela H. Stern. Que simplesmente instalou em vitrines quatro anéis delirantemente feitos em ouro, cravejado de diamantes e com figuras esmaltadas, miniaturas mínimas, perfeitas. Que aula de joalheria! A equipe de design da casa criou, inspirada em determinadas cenas e elementos fantásticos do filme: os cogumelos, um pássaro de topiaria, com anel duplo, tirado do jardim do Mundo Subterrâneo (Underland, em lugar de Wonderland), o gato Cheshire, cujo sorriso de brilhantes brilha no escuro, como o personagem da história de Lewis Carrol e as rosas falantes, com rostos no miolo.
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O gato de Cheshire
Tudo feito em parceria com a Disney. Tudo, figurativo, perfeito, em ouro esmaltado, em dois tamanhos: extraordinário (grandão) ou o humano, menor, mais adaptado aos dedos sem pretensões de se exibir muito.
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Rosas falantes
São pequenas maravilhas, feitas por encomenda através das lojas H. Stern a partir da segunda quinzena de abril. Os preços devem variar de R$ 10 mil a R$ 100 mil, preços de obras de arte, que é o que são estes anéis, que demoram cerca de tres meses para serem confeccionados
Quanto ao filme, é lindo. A técnica 3D não faz muita diferença, não é usada para dar sustos na platéia – ainda bem. Lembrei do Avatar, graças a umas cachoeiras no fundo de algumas cenas. Mas elas não interferem. A Alice interpretada pela australiana Mia Wasikowska (espero ter colocado os K e os W no lugar certo) é moderna, sonho de todo estilista como modelo. Johnny Depp é Johnny Depp, sabe contar histórias como ninguém. Ele absorve tanta atenção que nem notei que o seu traje mudava de cor conforme seu humor. Apesar de achar cansativo filme que tem música o tempo todo, gostei da Avril Lavigne cantando a música tema da Alice no final. E claro, filme dirigido pelo Tim Burton tem figurino muito especial, tanto nos atores humanos como nos virtuais, com a assinatura de Colleen Atwood.
É filme para crianças? Não, pelo menos para mim, que achei AstroBoy totalmente anti-criança. Para teens? Talvez, porque tem a mensagem próxima do querer é poder, ou cada um escolhe seu caminho. Para adultos? Pode ser, para quem curte fantasia e sonhos delirantemente produzidos.
Comparando com a primeira versão que li, em livro que era da minha mãe, editado me parece nos anos 20, achei razoavelmente fiel ao oroginal. Foi excluída a dancinha com os grifos e tartarugas, a fala da chave e as festas de desaniversário na mesa de chá. Não fizeram falta.

Fotos das vitrines por Ines Rozario
Intervalo / entrevistei hoje a Danielle Jensen, na fábrica da Maria Bonita. Sai na revista Domingo, do Jornal do Brasil / amanhã, sábado, sai do forno – isto é, da gráfica – a segunda edição da revista Véu e Grinalda / falando em imprensa, elogios para o Destak, jornal que circula no metrô do Rio. Bem feito, sem cara de caça-níqueis de publicidade / também já elogiei o trabalho da Joyce Pascowitch? Invejável. No bom sentido, claro.