Esta japonesa inovadora cumpre seu papel, inventa sempre ou um jeito de mostrar as roupas ou cria peças estranhas, feitas de tricôs gigantescos. A experiência de muitas décadas de coleções mostradas em Paris levou a criar roupas bem mais usáveis, e deixar a originalidade para a apresentação.

Assim, no segundo andar (ainda bem, com elevador, porque segundo aqui equivale ao nosso terceiro), de um prédio perto do Louvre, Shimada montou uma passadeira vermelha, cercada de bonecas vestidas com a coleção. Ao som de gaitas de foles, os convidados cercaram as bonecas e fotografaram por todos os ângulos os looks em xadrez de tartan em amarelo e preto, branco e preto ou verde com detalhes amarelos. Mais para o fundo da passadeira estavam os tricôs com grandes poás em vermelho e branco. Como complementos, sapatilhas também tiradas das roupas tradicionais escocesas, algumas com meias ¾ com pompons na barra.

Fotos Ines Rozario

 

 

 

 

 

Desta vez, Junko Shimada inverteu as posições – a plateia circulou na passarela e as mannequins ficaram em volta. Espero que elas tenham apreciado nossos trajes de ultimo dia de semana de moda.

E mais / há quem manifeste oposição a falar de moda internacional quando o nosso país passa por uma fase complicada, principalmente politicamente. Em um intervalo da cobertura ouvi o ex-presidente contar que havia dado ordem para fornecerem dentes para um amigo pobre. Ok, muito comovente, este gesto. Só que na minha modesta opinião, presidente não é para atender uma pessoa. É para atender a um país, tratar de dar um jeito para facilitar dentistas, medicos, escolas, trabalho, para milhões de pessoas. Não é para fazer comício no ponto do ônibus, é para montar uma equipe de gente competente, e delegar poderes para a equipe. Poderes, não cargos por favores e dinheiro / chega. Volto à moda, que dá trabalho para muita gente.