Abro o site da WWD, e qual é a matéria principal? As empresas de luxo italianas consideram o Brasil o grande mercado promissor para a moda da turma de Milão e adjacências! Melhor do que os companheiros do grupo BRIC (Rússia, India e China), muito melhor do que a Europa, porque tem riquezas naturais, do gás à madeira; crescimento populacional forte, moeda forte (?) e estratégia fiscal que teria tirado o país do poço.
Da marca Missoni, Vittorio Missoni se diz satisfeito com o desenvolvimento nos dois anos, que as brasileiras gostam do colorido e das estampas, que eles vendem na NK Store, em São Paulo. Salvatore Ferragamo é outra marca de sucesso, que planeja ter 10
lojas no Brasil, em cinco anos, apostando no surgimento de novos shoppings e hotéis de luxo.
O pessoal do grupo Armani, que tem duas lojas Giorgio Armani, três Emporio Armani e cinco A|X no Brasil, considera os brasileiros “big spendersâ€, somos os russos da América do Sul e gastamos bem também nas lojas de Paris e Londres.
Mark Lee, CEO da Gucci também está empolgado, segundo a matéria da WWD. Depois de manter a loja dentro da Daslu (até hoje), foi aberta a loja no Iguatemi, em SP. Mesmo as taxas de importação estão diminuindo, apesar de ainda serem consideradas grandes obstáculos às vendas de importados.
E por aí vai o texto, apesar de Cristiana Ruella, diretora da Dolce & Gabbana, ainda se dizer na espera de que algumas regras mudem. Em compensação, a megastore da Diesel em São Paulo está servindo de teste para a futura loja de Nova York.
É isso, sempre interessante ver o que pensam os que estão do lado de fora. O que vejo de prático é mais amplo do que a mera concorrência com as marcas nacionais. Se o Brasil for um grande mercado, o estilo internacional vai se adaptar ao nosso gosto e clima. Pelo jeito, temos histórias interessantes à frente.