manish412h40

Esta foi a entrada final do desfile de Manish Arora, o indiano que sabe lidar com cores e brilhos. Mas perto das outras pecas, estes vestidos são pobrezinhos, simplezinhos. Porque o auge da coleção misturou surrealismo, artista do Brooklin, estampas de máquinas de pinball, jardins e anos 1950 nas saias rodadas e corpos estreitos. As latinhas ali perto dos pés das modelos foram utilizadas pelos grafiteiros Rude, Vizion e Broke, notórios em Paris. De preto, cabecas com capuz, escreveram com tintas néon “Life is beautiful” durante o desfile. Esta foi a idéia geral do estilo, uma misturada de informações que sempre rende 10 minutos de sonho e fantasia com as roupas de veludo cortado em forma de tijolinhos, flores aplicadas, bordados e rebordados. Bonitos os adornos de folhas douradas, prendendo os coques.

O local também foi bom, uma parte aberta da Cidade da Moda e do Design, perto da estação de Austerlitz. Ainda bem que era aberto, porque o cheiro das tintas daria para intoxicar os narizes mimosos da platéia.

Ficha / direção: Devi Sok; direção de luz: Mark Vandebroeck; cabelos: Seb Bascle, com produtos L’ Oréal Profesionnel; make: Carole Lasnier com MAC; sapatos: Pollini por Nicholas Kirkwood; música: Medieval Pundits

Intervalo / uma desvantagem deste Centro de Moda é a localização. Fica no meio do caminho de tudo, e o ônibus que passa quase em frente…não passou, demorou mais de meia hora e a turma que estava no ponto desistiu / as platéias são temáticas, e o Manish atrai dezenas de supostos indianos de piercings variados e olhos sombreados. Quem também estava lá com seus cabelos pink era a inglesa Zandra Rhodes / sem noção: fotógrafo que deixa a bolsa com equipamento, carteira, pacotinho de biscoitos (dependendo do horário, os biscoitos são os mais importantes) em um canto da calçada, do lado de fora do prédio. Adivinhem: alguém pegou e saiu com tudo