A edição de um desfile costuma desafiar os produtores e estilistas. Se vier tudo parecido, fica monótono. O designer argumenta que é para reforçar o conceito e dar coerência. Se vier cada look de um jeito, ninguém entende nada. O produtor argumenta que é para mostrar como o cara é criativo. Este impasse deve ter pintado na Maria Garcia. Começou com uma série de alfaiataria fofa, de calças com barra aberta e paletozinhos estreitos, tudo em veludo. Enveredou por chemises e saias de pregas estampadas, sedosas. Apareceu um vestido em tecido metalizado, com debruns verdes-elétricos, uns dois modelos em príncipe-de-gales com bolsos em preto. E acabou com estampa de folhagens em blusas e vestidos. Sentiram? Quase um quebra-cabeças, para descobrir a história do inverno da Maria Garcia.

Ficha
Direção: Clô Orozco
Estilo: Francesca Torello
Styling: Hiluz del Priori e Pedro Sales
Make: Vanessa Rozan
Cabelos: Armando Pereira e Denis Diniz
Trilha: Carol Monte
Direção desfile: Bill MacIntyre

Intervalo / epa: um brinde! Uma calcinha da Maria Garcia / devidamente rapinadas, várias, por senhoras portando sacolões / teve também uma pendrive da Singer, bonitinha, um retângulo amarelinho. Ainda não sei o conteúdo / Nem esmalte tem nesta edição. Só se a ansiosa ficar horas numa fila e tentar capturar um vidrinho numa caixa de gancho