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Inacreditável, o que estes estilistas de moda masculina estão aprontando! Desde os tempos de Ricardo Almeida não se via desfiles tão competentes como os dois de hoje, de João Pimenta e agora do Mario Queiroz. De novo, vi de cima, porque a sala já estava fechando quando entrei, e foi ótimo. A visão geral dos arcos na passarela, do elenco moreno e barbudo, do conjunto de cáftans, camisões, coletes, quase tudo em branco e bege, com cintos em couro natural e sapatos nas cores claras das roupas, ou nos azuis dos mares da Turquia e dos azulejos de Istambul, em camisas e calças, chegando aos turquesas, foi o máximo. Mario conseguiu unir o temático, nas túnicas longas e nas calças com panos no gancho, à roupa do ocidente, na maior elegância e proporções modernas. Nem precisava da camiseta com ícone de Santa bizantina daqueles trípticos de Constantinopla, o recado do conceito estava dado.
19h45

Intervalo / arrasador, o Mario Queiroz. Um desfile que vale a ponte aérea, a diária de hotel. Tem que ver, é a ordem / mais uma vez, fiquei em pé no alto da arquibancada. Tem uma vantagem, além da visão geral: como estão todos prestando atenção no centro da sala, ninguém nota que estamos dançando com a música do desfile / reparei que a maratona de vários quilômetros percorridos no Fashion Rio e no Fashion Business teve como efeito nem sentir dor nas pernas de tanto subir e descer a rampa da Bienal, subir e descer as escadas das arquibancadas, para ver do alto. Foi um verdadeiro preparo físico, com direito a pesos – as bolsas com equipamento e a papelada de releases, os vidros de shampoo Seda. Faltava parar de comer as bombinhas de creme do catering da sala de imprensa. Também, sem almoçar, haja bombinha, sanduiche, croquete.