Alguns focos são importantes no setor moda. Digo no setor moda, não o têxtil, que depende de muitos fatores. O primeiro foco é a criança, que sempre precisará de roupas novas, porque cresce rapidamente. Mesmo que o segunda mão esteja crescendo, como a Cresci Perdi, que vende de roupa a carrinhos de bebê.
O segundo foco é o masculino. Enquanto o setor feminino se debate em indefinições, misturando jeans, longos e tricôs em uma vitrine só _ o que desnorteia a consumidora _ o varejo da roupa do homem tem sido didático, ensinando as tendências para o dia a dia.
Um bom exemplo é a Zak, marca mineira que completa 56 anos de trabalho. Bruno Gomide seguiu o caminho do pai, continua a marca e conta com 10 lojas em Minas Gerais e uma em São Paulo. Sem optar pelo estilo tradicional, Bruno pretende se posicionar como moda masculina contemporânea.
Apesar de ainda concentrar a imagem em duas regiões (Minas e São Paulo), a intenção do CEO e diretor criativo Bruno Gomide, depois de participar do Contemporâneo Showroom, em parceria com a organizadora Flávia Rotondo, é aumentar o alcance da Zak principalmente para o Sudeste.
O estilo, afinal
Pelo que vi nas fotos e nas respostas do Bruno, a Zak tem duas vantagens, que devem ser avaliadas pelos homens neste clima tropical. Primeiro, um bom marketing, com uma bela campanha de fotos simples, mas bonitas. Depois, uma variação de peças que atraem o interesse. Por exemplo: que chapéu é aquele de determinada foto? Outra: tem de bermuda a ternos leves.
“O homem adepto da  Zak é um homem moderno, sofisticado, que viaja, que gosta de estar bem-vestido para todas as ocasiões, um homem que gosta de estilo, que investe na sua imagem e em peças de qualidade, que gosta de moda e de uma marca com herança” assim Bruno Gomide define o homem que veste sua marca.
Além de roupas, há acessórios, como calçados e provavelmente o belo chapéu. Falo dele, porque um detalhe destes chama a atenção para o look todo. O ticket médio gira em torno dos R$ 400. Razoável, em se tratando de masculino, porque são peças com um rigor de produção, mesmo que não tenham a intenção de serem tradicionais.
Vamos ficar de olho na Zak e aguardar uma vitrine deles no Rio de Janeiro, em breve. Muito bom ver a moda brasileira investindo neste setor dedicado aos homens que não querem vestir só bermuda e camiseta.