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De acordo com o tema Água, escolhido como conceito para o evento, Ronaldo Fraga fez a curadoria da abertura do sexto Minas Trend Preview enfatizando o precioso líquido de várias formas. Primeiro, os convidados se acotovelaram durante mais de uma hora no salão do coquetel de recepção com projeção de aquário no teto, no Museu de Artes e Ofícios. Quando, enfim, abriram os portões, o caminho até o local do desfile foi feito entre bolas com chafarizes dentro, esculturas de pet e túneis de fundo de garrafa de água mineral.

Antes da moda veio a música, com nada mais, nada menos que Maria Betânia cantando temas com água – desde a antiga história de amor da estrela e do grão de areia até a Morena do mar e o Peixe Vivo, tão querido dos mineiros. 22h45, finalmente, entraram as sereias, quer dizer, as modelos, caracterizadas com a pele coberta de pastilhas coloridas e brilhantes, arranjos de flores e franjas nos cabelos presos em coques. Um visual bonito, assinado pelo stylist Daniel Ueda.

Na moda, o foco foi no colorido próximo de mares e águas nas roupas de um coletivo dos expositores e participantes do Minas Trend. Portanto, esta prévia confirma uma queda do verão pelos verdes e azuis, com espaço para os brancos da Rainha do Mar.

Destaques do desfile:

  • os acessórios são sempre pontos fortes da moda mineira. Desta vez, não foi diferente.Começou pelos tamancões brancos, de shape perfeito, continuou na série de oxfords de verniz colorido – azul, bege. E arrematou nas pulseiras em espiral.
  • Nos looks, muito boa a mistura de texturas de malha em branco e marfim
  • Duas saias interessantes: uma montada em folhas quadradas, em vários tons do verde ao azul. Outra, em camadas de verdes, em modelagem torcida
  • Vestido de tule nude bordado com pedras azuis
  • Chique, o modelo areia, com manguinhas armadas e recorte acima da cintura
  • Uma jaqueta Perfecto verde-água, sobre vestido longo no mesmo tom
  • Ótimo, o conjunto de túnica e saia longa marinho da Betania.
  • Efeito de passarela ou peças de coleção, são lindas as mangas-pulseiras, com arabescos que cobrem os braços dos pulsos até os ombros

Foi bonito, apostou em cores e efeitos que lembraram a água e conseguiu ser coerente, um prodígio de montagem dos conjuntos, por serem peças de várias marcas, integrantes do evento.

Amanhã começa a parte nova, com Carlos Pazzeto no conceito de desfiles, Felipe Veloso como stylist e Ricardo dos Anjos na supervisão da beleza. É um grupo que estréia, com a nova direção do Minas Trend Preview.

Intervalo / brinde coerente: um guarda-chuva / na platéia, Betty Lago e o filho, Bernardo; Elke Maravilha; Mariana Ximenes. Marilia Gabriela não pode vir. Max Fivelinha veio de carro com a equipe, para fazer takes da cidade, depois completa com imagens de Ouro Preto. “de carro, temos mais liberdade de procurar locações bacanas. Teremos assunto para um mês de programas”, comentou Max, todo animado / uma delícia, os quitutes do bufê Buquê Garni. Minigalantines imperdíveis / também muito competente o Museu de Artes e Ofícios, com a coleção de ferramentas de ofícios populares como o fotógrafo lambe-lambe, os carregadores de cais do porto, os tropeiros, profissionais de séculos passados / Pela terceira vez venho ao Minas Trend. Pela terceira vez chego cedo ao local do evento, e espero das 20 às 22 horas em pé, no meio de uma multidão, ao som de música alta (e olhem que gosto de techno, bateria, etc) para entrar na platéia. Uma vez, a causa foi o atraso do governador; outra vez, a culpa é dos bombeiros, que fazem a vistoria tarde. O fato é que está longe de ser chic e profissional este tipo de atraso. Ok, é a abertura, está mais para festa, o pessoal gosta de umas bebidinhas e de dar pinta. Mas quem se abala de outros estados, enfrenta vôos complicados – ai, ai, a malha aérea nunca maltratou tanto os passageiros -, não espera se vestir de festa, botar saltão e ficar horas espremida em um salão, com um copo na mão / lembrei do desfile da Ellus na estação da Luz, com atraso, música chata e uma multidão se empurrando numa plataforma de trem. Foi difícil até avaliar a coleção, tal o mau-humor generalizado / o que é um vôo complicado? Seguinte: parte dos convidados de imprensa estava no Dragão Fashion, em Fortaleza. Pegaram um avião de lá, desceram em São Paulo, trocaram de avião e vieram para Belo Horizonte. Mais ou menos seis horas de vôo, quando poderiam ser no máximo duas e meia. Ainda se a escala fosse em Brasília, no meio do caminho, vá lá