Nos desfiles do evento de Belo Horizonte destacaram-se: o colorido delicado das estampas em homenagem a Clara Nunes, na coleção de Victor Dzenk, o incrível tie dye nos vestidos de saia godê em couro, da Patrícia Motta, os jacquards de tricô da Gig e os bordados de textura da Vivaz. Foram poucos shows, mas muito marcantes, por estas técnicas.

Enquanto isso, nos espaços do salão e nas conversas pelos corredores, o verão 2014 motiva anúncios de novidades mais práticas, daquelas que provavelmente devem virar desejos de consumo.
Na beleza – primeiro, o mais prático e rápido de tudo: a maquiagem. Fernando Torquato, à frente da criação da Make B, linha da O Boticário, aposta nos lilases e brilhos, inspirados na parceria com a Swarovski. A coleção Black Crystal inclui batons em tons do lilás aos ameixas – o Precious Purple é um dos seus favoritos -, a Palette Boticário, com tons de sombras cremosas, blush, bases para a pele, sombras em pó e batons transparentes. E a máscara 3 em 1, que define, dá volume e alonga os cílios.

Fernando Torquato é um dos consultores mais populares do Brasil. No Minas Trend ficou à frente de uma coletiva superlotada, sem microfone, no lounge da Boticário. Depois de muitas pacientes respostas, fotografou com repórteres, blogueiras, visitantes do evento.

 

 

 

Nos pés – pelo jeito das coleções vistas em Minas, as sandálias serão quase botas no verão. “A tendência vai pelos modelos mais fechados, em couros macios, quase sempre com o corte peeptoe. As cores são neutras, como o havana e o nude. Verdes e rosas ficam mais nas bolsas”, avisa Margot Villas Boas, da grife Margot.

Nas mãos – Rogério Lima confirma a previsão da Margot. Sua coleção de primorosas bolsas inclui cores quentes, como coral e laranja, os pastéis, feitos em parceria com as estampas do Victor Dzenk, e a aposta nos verdes, “porque estão fortes na Europa. Mas acho que o hit será o amarelo, que tem este ar tropical”. Além do colorido, Rogério faz sucesso com a bolsa-protesto. Em formato retangular, tem um quadro branco de PVC em uma das faces, onde é possível escrever alguma mensagem, de preferência de protesto.

No pescoço – uma obra de arte, os colares de crochê de fios metálicos da Heliana Lage. E a modernidade dos colares de resina com adereços inclusos da Rosana Bernardes, que também aponta uma tendência lançada em Paris: as correntes, vistas nos desfiles da Chanel e de Givenchy

Na fé – a grife Mary Design, que junto com Ronaldo Fraga e Victor Dzenk é ícone da moda de Minas Gerais, tem colares de fios e tecidos premiados pelo design, pérolas e contas envoltas em crochê, colares únicos, feitos com elementos reciclados. Mas além destas maravilhas, há uma linha Casa, com oratórios de tecido, que guardam santinhos, velas, fósforos e um terço. Mais mineiro, impossível.

fotos Iesa Rodrigues