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Longo de deusa grega passa junto à orquestra de câmara no desfile de Victor Dzenk


A quinta-feira do Minas Trend Preview foi do Victor Dzenk. Foi o último a desfilar na agenda dos 6 shows individuais, mas valeu a espera, depois de um longo dia no pavilhão montado em Alphaville, na Lagoa dos Ingleses, a uma hora de Belo Horizonte.
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Estampa de mosaicos em ruínas, o desenho da vez


Victor pegou mitos, deusas e ícones da Grécia Antiga e criou uma bela coleção, sem sair do seu estilo de estampas digitais e drapeados elegantes. Ao som de Mozart e Grieg, executados pela Orquestra de Ciamara do Sesi, passaram os padrões inspirados em mosaicos de ruínas, retrabalhados por um artista plástico francês, Olivier Magnez, os decotes debruados de golas bordadas e casacos brancos, vestidos tressês em faixas beges, preto, terra.
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Muito bonito, e bonito também o gesto de trazer para os aplausos o Fernando Silva, colaborador na marca.
patricia motta

O couro ganhou nobreza no estilo de Patricia Motta


Antes do Victor, Patricia Motta mostrou magias em couros perfurados, rendados, pregueados. Os coletes em peles são dispensáveis, mas são lindos os vestidos pretos com ombros rebordados.
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Final do desfile Claudia Mourão


E antes da Patricia, Claudia Mourão, uma das mestras em sapatos de Minas Gerais, trouxe a cantora lírica Silvya Klein para apresentar uma ária do Barbeiro de Sevilha. Foi a maneira de demonstrar que sua coleção tinha a ver com alegria e bom-humor. Impressiona a alta qualidade das inúmeras botas, das sandálias de saltos altíssimos e dos escarpins peep-toe em oncinha.
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Este trio encantou pelo requinte. O set anterior, visto às 18h (um pouco mais tarde) ficou em segundo plano, apesar de algumas peças interessantes. Faltou um pouco mais da graça das propostas tradicionais da Alessandra Migani na seleção da Alessa. Talvez os sapatos atrapalhassem um pouco, porque as modelos pareciam tensas, uma delas deixou cair um pé do escarpin que calçava. As roupas com estampas circulares, no entanto, devem fazer bonito fora da passarela, pela versatilidade.
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Para a Cila, faltou unidade na passarela. A mistura de maiôs, calças e longos dispersou as boas intenções do conceito amazônico. Uma cartela em verdes acinzentados e amarronzados é o destaque.
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A Squadro foi melhor neste trio, com um jeito jovem nas saias de babados irregulares e nos jogos de listrados em várias interpretações.

Intervalo / o Minas Trend Preview dá um panorama real do que será moda no inverno. É um evento bem-acabado, cheio de notícias. Como defeito, podemos citar a distância que fica de Belo Horizonte, uma hora de estrada, em média. Talvez pudesse ter menos dias, porque é cada vez mais difícil para os profissionais ficarem tanto tempo fora de suas bases. E o desfile dos novos talentos podia ser antecipado para o primeiro dia. Ou ter um horário especial todos os dias / encontro Tereza Santos, ex-Patachou. Trocou o sufoco das coleções pela consultoria a eventos internacionais e à confecção de uniformes requintados para companhias aéreas, hospitais, empresas / boa descobertam a Doiselles, de Juiz de Fora. Raquell Guimarães e Danielle Joory usam até agulhas feitas com cabo de vassoura para tricotar cachecol-colete de lã grossa, que elas chamam de ovelhão.