Nesta semana contamos alguns detalhes sobre as coleções masculinas desfiladas em Londres. Até agora, elas desmentem qualquer possibilidade de maiores extravagâncias, do que se esperaria de um novo homem. Que homem seria este? Na minha visão, a diferença entre esta geração e a anterior, é dupla: há os que são pais, e sabem trocar fraldas, montar carrinhos de bebê, ao contrário da geração de seus pais. O que não significa que tenham filhos com uma mulher só.

E há os que são gays, falando de uma divisão radical. Estes vão se integrando e deixando o lado caricato – não se trata de se assumir, e sim de saber que são comuns, pelo menos não precisam buscar uma identidade em roupas extravagantes.

Claro que há os solteiros eternos, até que olham em volta e notam que há um certo deserto em torno. Estes acabam sendo os que menos ligam para a moda. E na moda inglesa, a melhor no setor masculino, reinam as tradições com novidades no corte mais ajustado, conforme já anunciava Hedi Slimane há quase 10 anos na Dior Homme.

Meadham Kirchhoff, dupla manuscrita

 

O ingles Edward Meadham e o francês Benjamin Kirchhoff estudaram moda feminina e masculina na St. Martins. Dizem que não assinam uma marca, são mais contadores de histórias, manuscritas. E algo devia rolar na apresentação deles, com duplas de modelos jogados pelo chão, outros de impermeáveis pretos e saiotes brancos rendados na barra, um belo casaco bordado em fundo mostarda. Uma certa bagunça, com boa iluminação e ideias escondidas pelas atitudes performáticas

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