Sempre divertida, a marca do Alberto Hiar. Ao longo das várias edições da SPFW ele já nos levou para o rio Tietê, a estaçāo da Luz, uma praça, o Museu do Ipiranga (caloooor), o autódromo e o Minhocāo, que me lembre. Hoje lá nos fomos para um ferro-velho na Mooca, que dava a impressāo de ter sido editado. Os montes eram dispostos conforme o material: telas de um lado, metais acobreados de outro, prateados em outro, mais um vagāo enferrujado. Acima de caminhões e empilhadeiras, ficavam modelos vestidos de preto, com perucas e asas brancas. Anjos do Wim Wenders?
Alguma espera ao sol, e começou com o tema Bahia, estranhamente interpretado com casacos, capas, sobreposições – a peça de cima com as mangas apertadas por faixa do mesmo tecido. A forma geral tem ombros estreitos, da cintura para baixo um lote de enviesados alongados nas costas. Por baixo, ciclistas douradas, sandálias pretas pesadas, de saltāo dourado e asas na gáspea.
Os caras, entāo, estavam prontos para o frio e a chuva, devidamente encasacados e encapados. Peças bonitas, mas pesadas para um verāo comum.
Cheguei a uma definiçāo, a forma do feminino da Cavalera é um mullet…de cachos!

Intervalo / aos poucos foram chegando âncoras da moda paulistana. Lino Villaventura, Fause Haten, Roberto Davidowicz, Reinaldo Lourenço. Pensei que era solidariedade em algum lance. No final, estavam todos de camiseta com inscriçāo em foil cobre: ” presidenta Dilma, converse com a moda”, algo assim / guardem os palpites por favor / restaurante Paris 6 caro demais. Uma salada e um croque monsieur, com água e guaraná, R$ 72! Saudades do bufê da Monique Benoliel, a R$ 35 por pessoa, com tudo!