Uma das perguntas mais frequentes que são feitas, em matéria de estilo de vida é sobre um guarda-roupa básico. Respostinha difícil, porque depende do tipo físico, da atividade profissional, do clima onde vive, no mínimo. Sem falar em personalidade, claro.
Para dar uma base teórica, publico o texto da Sandra Tolentino, consultora saída dos excelentes cursos do IED, tanto aqui no Brasil como na matriz de Florença.
E para dar algumas ideias fáceis de seguir, vão algumas sugestões nas minhas ilustrações. Acrescentem o que curtem de moda atual, e espero dar alguma segurança na hora de escolher o que vestir para trabalhar, viajar, simplesmente sair de casa
O básico do básico
Impossível sobreviver sem estas peças:
Três camisetas, uma preta, outra branca e uma nude, de mangas longas.
Uma camisa branca, quase sem enfeitinhos
Um legging preto, uma jeans stretch e uma calça preta de alfaiataria
Um blazer preto
Uma saia lápis preta
Para o calor
Quase uniformes das brasileiras:
Shorts jeans, sem exageros vulgares
Uma regata
Um vestido longo
Uma bata com adornos (renda, bordado, aplicações)
Sem falar em roupas de praia, claro
Uma bolsa pequena, para chaves, álcool gel, telefone e cartão
Uma sacola grande e prática, de couro e lona, se possível
Para o inverno, viagens e moda
Um casaco de couro, para temperaturas acima de zero graus
Dois suéteres de gola alta, um preto e outro em cor favorita
Echarpe combina com o suéter colorido
Jaqueta de couro preto
Calça preta (melhor de lã, se for para enfrentar o frio)
Colete de nylon, ótimo para climas indecisos
E o toque de moda: a capa trench coat, hit previsto para 2021
O armário funcional / por Sandra Tolentino
Não há como começar a falar em armário funcional, itens essenciais ou propósito, sem refletir sobre o momento atual que vivemos.
Os movimentos de mudança no comportamento ganharam força durante a pandemia. Termos como consumo consciente, sustentabilidade, reuso e economia circular passaram a fazer parte das nossas conversas, e o novo olhar sobre o consumo tem se manifestado cada vez mais como o modelo ideal para o futuro.
O isolamento nos mostrou de quão pouco precisamos e tem nos ensinado a cada dia comprar com propósito. Não podemos fechar os olhos para as mudanças urgentes que o planeta tanto precisa. Isso inclui o comportamento em comprar menos, comprar peças duráveis ou second hand, economia circular, o slow fashion.
Uma vertente que converge com o momento em que vivemos é o armário cápsula. Esse conceito surgiu em 1970 quando a estilista Susie Faux criou a ideia de um armário composto por poucos itens essenciais, atemporais e que combinassem entre si. Costumo dizer que na consultoria de imagem acabamos por exercitar essa tendência, pois o processo do closet cleaning traz uma reflexão sobre o quanto temos e o quão pouco usamos.
A consultoria de imagem proporciona o entendimento daquilo que melhor funciona para si. Nosso armário não precisa estar abarrotado de roupas, e muitas vezes quem tem este exagero, continua sem ter o que vestir. Sabem por quê? Porque comprando em excesso, você perde o controle do que tem, e entra em um ciclo de uma “necessidade” que não existe. Quantas vezes já repetiu a famosa frase “não tenho roupa”. com um armário cheio?
Ter um armário cápsula ou um armário funcional e inteligente, economiza tempo e recursos. Vamos pensar juntas: se você se conhece, sabe o que melhor funciona, pode comprar melhor e menos. Porque começa a perceber que, com pouco de qualidade, pode maximizar e ter muitas opções de usar a mesma peça de forma diferente. Uma boa dica é ter bases neutras e atemporais, e completar com acessórios, terceira peça, lenços… assim não é preciso ficar vitima da moda e terá produtos de qualidade pra usar o ano inteiro. Sem contar que esses valores proporcionam um exercício da criatividade na hora de se vestir e um cuidado maior com as peças, como forma de guardar, lavar, etc
Sandra Tolentino é mineira radicada no RJ, com formação em Design de Moda e Styling pelo IED Rio e comunicação de moda no IED Florença,Itália, além de Fashion Management pelo IBMEC