A programação do sábado inclui nomes novos, ainda fora da agenda principal. E há boas surpresas nesta lista, que além de nada a dever aos grandes desfiles, em geral lança gente que daqui a pouco assina coleções das grifes famosas.

Por enquanto, o destaque é o Diogo Miranda, que desfilou no Espace Cardin, nos Champs Elysées; Português, com marca própria há sete anos, com show room permanenteem Nova York, enfrentou a platéia de Paris pela segunda vez.

Eu vi pela primeira vez, e fiquei encantada não só com a qualidade técnica do trabalho dele, mas com a coerência corajosa de propor vestidos de gente, usáveis e glamurosos. Nada de microssaias, peitos de fora, transparências loucas: são vestidos e saias nos comprimentos pelos joelhos (ou um pouco abaixo), em geral com cintura marcada e com alguns decotes drapeados, femininos e lindos.

O colorido fica nos pinks – atenção, parece ser forte no ano que vem -, tijolo, branco, um pouco dourado, preto. Calças podem ser flares ou boca-de-sino, acompanham túnicas. Sempre, sandálias altas, de salto grosso e tiras largas.

Muito bom, o Diogo Miranda.

E mais / Luis Buchinho celebra 25 anos de moda, sempre desfilando em Paris. Felipe Oliveira Baptista assina as coleções da Lacoste desde 2010. Fátima Lopes anda meio quieta, mas costuma encantar pelos desfiles-shows – o último que vi foi no Lido, de Paris. São os designers portugueses se destacando no universo da moda. Agora, é o Diogo Miranda, simpático, bonitão e competente no trabalho / ah, como é bom de vez quando, durante esta semana, entrevistar em português!

Fotos Ines Rozario