O imponentérrimo salão do hotel Intercontinental, ex – Grand Hotel foi o cenário perfeito para a história da Irfé. Começou em 1914, fundada por Irina Romanoff e Felix Youssoupoff, ambos da nobreza russa. Ela, uma beldade de muita classe, era a image da grife e considerada uma das mulheres mais bonitas de Paris. Oitenta anos mais tard, em 2008, uma outra russa, ex-modelo, Olga Sorokina, convenceu Xenia Sfiris, neta do príncipe Youssoupoff a reabrir os ateliês, depois de ler Beleza no exílio, de Alexandre Vassiliev.

Pelo jeito, Olga tem talento para levantar a Irfé – o nome vem das primeiras letras de Irina e Felix. Sem se deixar levar pelos brilhos e luxos sem sentido, a Irfé mostrou calças em jeans, em modelagem solta; cores militares em modelos com fechos, e o infalível preto e branco que domina a semana.
Quer dizer, é moderna. Em tecidos especiais, claro: o jeans, por exemplo, é japonês. As bermudas têm corte de ateliê, acompanhadas por vestes de alfaiataria com fechos e efeitos revirados. Muitas peças são tacheadas, quase todos os looks são acompanhados por um body de alças fininhas.
O detalhe final, que demonstra a intenção de criar um estilo realista está no complementos: não há um salto alto, são sandáliS de solado grosso, de tiras pretas tacheadas.

Ficha
Cabelos: Odile Gilbert
make: Karim Rahman
música:Sebastien Perrin

Fotos Ines Rozario