A japonesa sempre foi moderna, uma pesquisadora de novos materiais, desde os anos 1980. Continua inovando, desta vez trocou a passarela tradicional por uma apresentação na loja perto da Concorde: as modelos, estáticas, giravam sobre palquinhos circulares – ou queijos, como chamam no show business. Os convidados chegavam, se quisessem bebiam algo no open bar e se aglomeravam em fila para entrar no espaço da coleção.

No corredor da mostra, de um lado estavam cabides com vestidos de tecido tipo organza, com estampa de bastões. Do outro lado, as modelos com perucas coloridas vestiam modelos brancos, com recortes em richelieu, nervurados e com bordados delicados. Todos brancos, curtos ou longos, com o corte retinho tão frequente entre os designers japoneses.
Em seguida, outro grupo girava, vestido de listrados em azul e branco, mais estruturados, detalhados em aberturas retas, mostrando costas e barriga.
Um trabalho usável, bonito e mostrado de um jeito que nos permitiu ver tudo de perto. Mas que as modelos devem ter saído de lá tontas, lá isso devem.

 

 

 

E mais: papo da semana de moda em Paris é a atuação de diretores de criação nas casas Dior, Balenciaga e Louis Vuitton. Hedi Slimane é estranho, mas ainda tem prestígio na Saint Laurent / esquisito também é o fato de os paralelos estarem chamando tanto a atenção. Diogo Miranda é dos mais elogiados / esta fórmula de apresentação da Junko Shimada economiza despesas de luz, cenário, montagem de plateia, modelos top. Em Nova York é bastante comum. Se a moda pega, temos uma inversão de posições: modelos paradas e plateia andando