Fotógrafos, cinegrafistas, editores, todos compareceram ao lançamento da Roger Vivier

Mais um mito da moda parisiense mostra que é possível renovar um estilo, mantendo o encanto original. Nos anos 1960 Roger Vivier era o nome mais criativo no setor de calçados femininos. As sapatilhas de verniz com saltos de acrílico e os modelos com fivelões na gáspea eram cobiçados pelas elegantes da era pré-hippie.
Pois a marca sobreviveu às sandálias de sola de pneu, à mania dos tênis e às ondas de Birkenstocks, injetados, populares.
O lançamento feito na Maison de Amérique Latine, em Paris, demonstrou a vitalidade da grife atualmente liderada por Bruno Frisoni, diretor criativo responsável pelas coleções. Em três salas vimos as várias linhas:

Primeiro, as sandálias de dedo, com detalhes metálicos, rasteiras. Ao lado, a série de sandálias altas, de tiras finas afiveladinhas, cada uma de uma cor (verde, gelo, azul e rosa, uma das combinações), Na mesma ala, a sandália Cube, pesadona, de plataforma e salto grosso.

Nos esgueiramos pela multidão de convidados e chegamos a um lado pop da coleção. Modelos de sapatos e bolsas lembrando a obra de Mondrian, couros com estampa barroca em relevo, sandálias de plataforma floridas. As margaridas brancas, lançadas nos anos 1970 tambèm merecem esta atualização. Não faltam sapatos grafitados e pela primeira vez Roger Vivier produz tênis estilo iate. Sim, mas com fivelões de pedrarias, claro.

No último ambiente, dedicado à noite, estão os sapatos mais finos, com contornos de material transparente, fivelas de pedrarias e o mais marcante: o salto stiletto decorado por uma esfera de strass.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Depois de ver estas delicadezas, só nos restou sair do prédio e enfrentar a chuva que molhou todos os sapatinhos dos convidados.

 

E mais: no Brasil, Cesar Gomes, que acaba de lançar a Witty, já havia feito sapatos em homenagem a Mondrian na sua antiga marca, a Swains / mesmo quem chegou de carro ao evento molhou os sapatos, porque o prédio tem um pátio antes da porta principal. Minha sapatilha Cecconello de calcanhar dourado molhou, ensopou, secou e ficou perfeita de novo / nos anos 1970 o grande concorrente de Roger Vivier era Charles Jourdan, que tinha lojas incríveis pelo mundo. Uma delas, em uma esquina da Quinta Avenida, em Nova York. Mas Vivier resistiu melhor