12h50
Desfile bom é espetáculo, estou cada vez mais convencida disto. A Paula Raia voltou à moda, em grande estilo, com desfile na casa do Jardim Europa (alugada, ela está construindo outra, ali por perto), colunáveis paulistanas animadíssimas com suas roupas de oncinhas, sapatilhas Chanel, saltos Louboutin e bolsas Hermès, sala montada com arquibancada e boca de cena em madeira crua. Foi divertido, desde este começo. Antes das modelos, o grupo de dançarinos do Studio Anacã arrasou no hiphop, os convidados se arrasavam nos Bellinis e Cosmopolitans deliciosos. Pronto, estava feito o clima de verão, de verão sem areia, como definiu a Paula. Com macacões, pantalonas, vestidos longos de formas soltas, suaves, começando pelos laranjões e terminando em vinhos e azuis escuros. Há sempre interferências de quadradinhos dos mesmos tecidos e tirinhas que formam grades, cobrindo (mal) as formas do corpo. As calças podem ser largas ou quase justas, algumas com correntes pretas penduradas, bem no jeitão hip hop. Os homens também têm este detalhe, além dos looks de calça larga e blusão de capuz – viram, o hiphop de luxo está aí. Eminem aprovaria. Outro toque street, os cabelos de trancinhas afro, pelo Ricardo dos Anjos.
Tudo muito urbano, muito street, e muito ateliê e requintado, apesar de largado. O jogo de dança e moda deu muito certo.
13h
Ficha
Direção criativa: Paula Raia
Equipe de estilo: Maria Clara Brand, Isabel Pimenta Bereno, Camila Schnanrdorf
direção de desfile: Paulo Borges e Augusto Mariotti
Música: Dany Rolland
Beleza: Ric ardo dos Anjos
Dança: Studio Anacã
Intervalo / enquanto as convidadas e jornalistas curtiam a pré-festa e depois o desfile, os fotógrafos penavam sem luz para fotografar. Com pouca luz, a baixa velocidade só resolve se as modselos pararem para as fotos. Como não paravam, reinou a reclamação / drinques Bellini e Cosmopolitan eram servidos por garçons estilosos, de cabelos desenhados ou francamente black-power. Tinha algo diferente neles. Claro: eram dançarinos, e dos bons, de hip hop / por que Paula voltou à moda? Por uma questão de timing na vida, e pelo vício de arquitetara roupas e pelo prazer de construir. Entendo, Paula: moda vicia mesmo