Parece que a sintonia entre as pesquisas de tendencias do Moda + do Senac Rio e as previsoes do salao Premiere Vision esta muito boa. Varios temas ja discutidos nos seminarios do Rio de Janeiro se repetem no salao mais prestigioso de Paris. Como a Abstraçao, o Drama, as cores complicadas, os verdes azulados, os rosas-magentas, os violetas. As ondas estao no ar, so pode ser esta a conclusao.
Mas o salao frances enfatiza a força das rendas, tanto as classicas francesas da Solstiss ou da Halette, como as incrivelmente modernas, japonesas. Marca as cartelas de pretos, cinzas e vermelhos, os tecidos com relevos, os dublados e esculpidos. Quer dizer, mais um lance que fez parte dos nossos cadernos, a Arquitextura.
Isto é bom, porque indica um caminho de independencia, sem esquizofrenia em relaçao à moda global.
Os desfiles que começam amanha, sabado, demonstram o vale-tudo que vai predominar. Temos anunciadas inspiraçoes no Egito, na India, em muito jeans. Vamos ver.
Intervalo / Paris esta a 20 graus durante o dia, baixa para 15 à noite. Ideal para pequenos trenchcoats em tecido de algodao, usados quase como vestidinhos. Muito, muiito jeans, como ha muito nao se via. Mais skinny para os homens, flare para as garotas / os globos de dança dos anos 80 enfeitam as galeries Lafayette. Esta decada é muito recente, ainda tem muita gente com peças autenticas nos guarda-roupas. O que acontece? Circulam senhoras de sombra cintilante, blazers de ombreiras e cabelos desfiados. Ou outras, mais avançadas para a época, ja no espirito japones, de casacos longos pretos. Totalmente passadas, as pobres. Moda que a gente ja usou, nao usa mais.