16h15
Rodrigo Rosner saiu da agenda da Casa dos Criadores e estreou na SPFW com suas mariposas. Isto é, a inspiração nas asas iridescentes, nos olhos, no formato. Muita renda, muito bordado em preto, alguns longos de sereia, muitos curtos em tons rosados e beges, camadas de tecidos leves. Um estilo festa, sem a pretensão de minimalismos ou aquecimento de inverno. Vamos esperar pelos próximos desfiles dele, para ver os caminhos que o Rodrigo vai tomar.
16h25
Antes do desfile, Rodrigo conversou com a Juliana Spotto e a Nadia Mello no camarim, sobre a beleza do desfile e a trajetória dele:
Mariposas góticas passeavam pelo backstage do R.Rosner nesse segundo dia da São Paulo Fashion Week. O make up artist Robert Estavão quis ressaltar o osso acima das maçãs das modelos com muito iluminador (Mineralize Skinfinish da M.A.C) para esculpir o rosto e ficar bem austero, porém com viço para a passarela.
Pense na tendência da maquiagem da atriz da série Millenium, Rooney Mara, escancaradamente com um apelo dark. Os lábios tingidos com um lipmix roxo mate da M.A.C (que foi descontinuado), foram milimetricamente pintados nos lábios, e eram o foco principal da maquiagem. A pele, minimal como da atriz, era tratada com o hidratante Embryolisse, queridinho das francesas e dos maquiadores e foi finalizada com corretivo apenas nas regiões avermelhadas.
O cabelo não foi muito diferente das outros desfiles dessa edição do SPFW: muita chapinha, muito spray fixador Sebastian. O liso chapado bem amarrado em um rabo de cavalo deu o tom tanto para o desfile de R. Rosner quanto da Cori e do Pedro Lourenço. Parece que o reinado da escova modelada está com os dias contados em 2012 (Juliana Spotto)
Uma história de moda
Após sete temporadas desfilando na Casa dos Criadores, Rodrigo Rosner estreou na SPFW. No backstage, o estilista contou que sua história começou quando foi trabalhar aos 17 anos na fábrica de roupas da família como assistente. Porém, como opinava demais, as duas responsáveis pelo design pediram demissão. “Eu era muito palpiteiro, me achava um Christian Dior da vida”, falou rindo. Com a saída das duas, Rodrigo teve que assumir as criações. A partir de então, começou a investir na área, fez cursos na Saint Martin, em Londres. Mas, o pai faleceu e o estilista assumiu também a parte administrativa. Foi aí que não aguentou e em dois anos, a fábrica da família, com mais de 50 anos, foi fechada.