Mais importante do que a variedade de propostas que o designer Alessandro Michele mostrou na coleção resort da Gucci foi o fato do desfile de segunda-feira se realizar no Palacio Pitti, monumento histórico/turístico em Florença. Obras de Rubens, Tintoretto e Caravaggio, do acervo do museu Uffizi devem ter feito parte do precioso cenário. Mas voltando à importância que destaco, a Gucci vai investir mais de dois milhões de dólares durante três anos para manter os jardins do Palácio. Maravilha.

A grife italiana é baseada em Florença, a última vez que desfilou por lá foi ainda nos tempos de Tom Ford, me parece que nos anos 1990.

Depois de ressaltar este feito, vale contar da inspiração rock/ renascentista da coleção, bastante influente nos atuais movimentos da moda. Porque reuniu elementos populares, como as camisetas – só não gosto da expressão “Guccify me”, tirada de “crucify me”, letra de uma música do Elton John. Os jeans continuam, os blazers super bem cortados, também. No colorido, o pink tem sua graça, os verdes azulados, lembrando penas de pavão, estampas de tapeçaria com rosas em ternos masculinos, e um longo branco em trompe l’oeil, como se fosse uma veste de deusa grega.

Jeans (cintura alta) e camiseta com logo, dupla eterna

Não lembra as penas do pavão?

Trompe l’oeil lembra deusas gregas

O cobiçado blazer Gucci renovado

Um detalhe forte: o logo da Gucci reforçado, contrariando quem diz que é cafona ter logos de marcas nas roupas ou acessórios. Pois os bolsões (sim, elas aumentaram de tamanho) têm a faixa verde e vermelha, várias peças ostentam a palavra Gucci. “É um símbolo pop, um poder da empresa”, declarou Michele na coletiva.

 Fotos WWD