22h25

Nas prévias, Alessandra Migani havia prometido estampas Art Nouveau, tiradas dos trabalhos de papel de parede do inglês William Morris, em modelos quase básicos. Pensei que veria flores e curvas em cáftans e chemises, como sempre. Qual! Alessa deu um show de vestidos longos e curtos (sem exageros, pelos joelhos), com saias em barras, em tecidos fluidos e leves. As tais estampas ganharam um tratamento delicado, mais escurecidas, realçadas por camadas e escondidas entre franzidos e plissados. A definição da designer era de que seriam damas antigas com pegadas esportivas, graças aos complementos com agasalhos com fechos e capuz. Se realmente vimos daminhas com sombrinhas (nas mesmas estampas), vimos também as peças com acessórios como os tênis (também estampados) e mochilas (idem, idem). Mais ainda, com os casacos, lindos hoodies, contrastando nas formas, sem chocar, graças às…estampas! Pelo menos na passarela o efeito foi o máximo, consagrando esta apresentação como uma das melhores da Alessa. Provavelmente na vida real ninguém sairá assim, estampada da cabeça aos pés. Mas que uma mochilinha avulsa, um colete de fotógrafo (que ideia boa!) com um jeans vão muito bem. Na festa, lá vai o vestido lindo, com a assinatura da Alessa.

22h35

E mais / de macacão da coleção, Alessa provoca na plateia a sensação que o John Galliano provocava. Ninguém levanta da cadeira até que ela venha dançando, pulando e agradecendo aos aplausos, com seu sapatinho vermelho. Mereceu a standing ovation, pela bela coleção / interessante como o Rio Moda Rio preserva as identidades dos participantes, sem ficar óbvio. O resultado é uma variedade de propostas extremamente saudável como lançamento de moda. Temos muito a escolher, para renovar o guarda-roupa.