Foi um show de tecidos. Deu a impressão que todos os lançamentos da Premiere Vision estavam naqueles paletós e saias longas, usadas com colares de três voltas de cristais. Ou nos modelos com frufrus correndo pela barra e pela frente, em cores claras. O prata se confirma forte, em plissados e estampas de flores.
Eu gostei, pela inovação nas matérias. Ainda bem que, do meu lugar, não dava para ver as sapatilhas rasteiras e as mules de plumas. Nas fotos, elas destróem a proporção das roupas.
E mais: tem umas maluquices no circuito. Adentra a linda sala de Rochas, com vista para a Torre Eiffel, um senhor de bermuda e viseira, com um rinocerontezinho de plástico na aba da viseira. Sentou na fila B / atrás dele, uma convidada com um modelo que até alguns anos seria denominado de vestido de baile / na minha frente, um alemão cuidadosamente fotografava um patinho de borracha / aliás, já tinha visto em outro desfile, um cara com um coelho de pano / comilanças: o sorvete Ben & Jerry aqui parece melhor do que na origem, nos USA / hoje o dia valeu por dois dias de treino. Subimos escadas o dia inteiro. Quando digo escadas, são mais de 50 degraus
