Nada como chegar em casa depois de um encontro com conversa sobre a moda nos anos 1960, principalmente 1968, assistir ao último capítulo de Carinha de Anjo e esperar para ver o live do desfile masculino da grife Yves Saint Laurent, em Nova York. Deu para perder um pouco dos Power Couples, porque sempre deve haver um atraso no começo, para dar tempo da plateia chegar e se instalar. Ainda mais porque a locação foi no Liberty State Park, em New Jersey, com vista para Manhattan, às margens do rio Hudson.

A coleção assinada por Anthony Vaccarello não ficou a dever ao estilo do Hedi Slimane, designer anterior da marca integrada no grupo Kering (antigo PPR), liderado pela CEO Francesca Bellettini. A referência marcante, o Western, fica evidente nas camisas com palas trabalhadas, nos cordões com detalhes metálicos dando acabamento aos cadarço pretos, nos chapéus stetson, nas botas (incluindo uma de cobra, bem texana). Sempre com calça preta justa, de cós alto e cinto metálico. O lado Saint Laurent aparece nas camisas estilo sahariennes, com ilhoses e laçadas, só que em vez de seda ou gabardine areia (como as femininas celebrizadas pelo próprio Yves Saint Laurent) são de couro preto, lindas. Há um toque de brilho nas tramas dos paletós e no final do desfile, quando os torsos dos modelos foram pintados de prata.

E mais / fiquei imaginando como os convidados chegaram no local do desfile. De ferryboat? Metrô? Barcos fretados? De qualquer forma, quem recebeu o convite foi, nem que tenha sido a nado. Um evento incrível, tanto pela locação, como pela música, pelo elenco e…pela coleção, moderna e usável. Para os homens que hesitam em usar sahariennes ou paletós com fios prateados, fica a ordem de se manter no total black, de preferência com paletós de couro / alguém estranha o fato de citar que assisto a novelas no SBT (não pretendo acompanhar a Poliana, acho meio chata), reality na Band ou na Record? Tenho que concordar que também noto estas mudanças de hábito de canais. Da Globo, vejo o RJ TV das 19h e a novela Deus Salve o Rei. Dali em diante, enquanto os programas das 22h não começam, assisto ao WebTV Brasileira no YouTube. Ah, esqueci de citar: MasterChef e O Céu é o Limite fazem parte da programação. Qual o motivo destas fugas da Globo? Não aguento mais séries de violência, crimes, perseguições. Já basta a realidade, que provoca uma fuga de famílias e amigos para outros países. Por enquanto, estou mudando só de canal de TV.